Djokovic e Nadal deixam 'nova geração' de lado e fazem revanche da 'maior final de todos os tempos'


A decisão do Australian Open está definida: de um lado, o número um do mundo, Novak Djokovic. Do outro, o número dois, Rafael Nadal.
O torneio mostrou que, em 2019, as portas do tênis estão abertas para a 'nova geração' - todos aqueles jovens com menos de 25 anos, que, assim como Stefanos Tsitsipas fez com Roger Federer, bateram de frente com os tradicionais nomes do esporte.
Mas, no final, uma das grandes rivalidades do Big Four deixou tudo isso de lado. Todas as promessas e expectativas terão de esperar. Ao menos por mais um dia.
No domingo, Djoko, de 31 anos, tentará se tornar heptacampeão e ser, sozinho, o maior vencedor na Austrália. Já Nadal, de 32, tentará a revanche contra o sérvio para vencer pela segunda vez em Melbourne - a final terá transmissão da ESPN e do WatchESPN às 6h15 (de Brasília).

A maior final de todos os tempos

Janeiro de 2011. Depois de cinco horas e 53 minutos, Djokovic rasgou sua camisa ao meio e gritou. Era o fim da decisão mais longa de um Grand Slam na história.
O sérvio sobreviveu a cinco sets e, com parciais de 5-7, 6-4, 6-2, 6-7 (7-5), 7-5, derrubou Nadal na final do Australian Open que só acabou à 1:37 da manhã no horário de Melbourne.
Entre lágrimas, suor e um pouco de sangue, o espanhol, que construiu sua carreira evitando derrotas como aquela, sofreu sua mais dura queda até então. Quando todo o drama acabou na Rod Laver Arena, Djokovic, ainda com 24 anos de idade, se juntou ao homem que dá nome à quadra, Pete Sampras, Roger Federer e ao próprio Nadal como os únicos campeões de três majors seguidos desde 1968 - e todos os títulos do sérvio foram exatamente contra o espanhol.

A rivalidade

São 52 jogos entre os dois. Vantagem de 27 a 25 para Djokovic. Eles se enfrentarão pela 24ª vez em uma final, a oitava em Grand Slam.
Um ano atrás, Djokovic se preparava para uma cirurgia em seu cotovelo, questionando médicos sobre seu futuro no tênis profissional. Mesmo que tenha vencido as seis finais que disputou na Rod Laver, Djoko não chegava em uma semifinal desde 2016.
Nadal, por outro lado, só venceu o título na Austrália em 2009. São três derrotas em finais no torneio - a histórica contra Djokovic (2012) foi a mais marcante, além de confrontos contra Stan Wawrinka (2014) e Federer (2017).

Em 2019...

O espanhol venceu 98% de seus serviços e, pela sétima vez em sua carreira, chegou em uma final de major sem perder um set. O espanhol tenta se tornar o terceiro campeão de Australian Open com uma campanha perfeita - primeiro desde Roger Federer, em 2007.
Nadal ficou em quadra por 12 horas e 11 minutos. Djoko, por 11 horas e 59 minutos. O sérvio perdeu somente dois sets: um para o canadense Denis Shapovalov, na terceira rodada, outro para o russo Daniil Medvedev, nas oitavas de final.
Agora, os dois estarão frente a frente. Sete anos depois da maior decisão de todos os tempos, duas lendas disputam o primeiro grande título do ano mais uma vez.
ESPN


BORGES NETO LUCENA INFORMA