CRM constata superlotação, infraestrutura precária e infestação de baratas no Trauminha de JP

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) fiscalizou o Complexo Hospitalar de Mangabeira Tarcísio Buritiy, conhecido como Trauminha, na manhã desta terça-feira (12) e constatou diversas irregularidades. O hospital apresenta problemas em sua estrutura, com infiltrações nas paredes, buracos no teto e nas paredes, inclusive no centro cirúrgico, além de infestação de baratas na enfermaria, superlotação de pacientes e demora na realização de cirurgias. 
Pacientes e acompanhantes denunciaram à equipe do CRM-PB que, durante o período de internação, precisam levar lençóis, travesseiros, colchões e ventiladores para o hospital.
"Sabemos da importância do hospital para a população de João Pessoa, por isso não podemos interditar toda a unidade. Mas encontramos muitas irregularidades que precisam ser resolvidas urgentemente. Em uma das salas do bloco cirúrgico, por exemplo, há um buraco no teto, em cima da mesa de cirurgia. Isso é um absurdo. Há um risco imenso de contaminação. Nas outras salas de cirurgia há buracos nas paredes, ar condicionado sem funcionar e chão todo deteriorado”, elencou o diretor de Fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa.
Ele ainda acrescentou que há superlotação nas enfermarias, pacientes pelos corredores, além da presença constante de baratas, problema relatado e demostrado por meio de fotografias feitas pelos pacientes e acompanhantes. 

O hospital realiza cerca de 600 cirurgias por mês, 200 atendimentos ambulatoriais e 100 atendimento de urgência e emergência. São mais de 200 médicos de diversas especialidades trabalhando no complexo hospitalar.
Participaram da fiscalização, além do CRM, o Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) e o Conselho Regional de Fisioterapia da Paraíba. O Ministério Público e a Vigilância Sanitária também foram convidados a participar da inspeção, mas não puderam comparecer. 
O CRM-PB vai utilizar as informações coletadas durante a fiscalização para produzir um relatório que será entregue à direção do hospital, à Secretaria Municipal de Saúde e ao Ministério Público. O CRM vai interditar um dos dois blocos cirúrgicos da unidade. 

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BORGES NETO LUCENA INFORMA