Deputado defende reforma da Previdência que retire privilégios de políticos, juízes e membros do MP

Líderes partidários voltam a se reunir na tarde de hoje (9) para tentar chegar a um acordo de procedimento para o processo de votação em plenário da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, marcado para começar ainda nesta terça-feira (09). A oposição está tentando obstruir a votação. O deputado Efraim Filho (DEM) reafirmou ao ClickPB, nesta terça-feira, que defende a aprovação do texto por entender que preservou os mais pobres, mas ainda é contra a manutenção de privilégios, inclusive para magistrados e membros do Ministério Público. 
Segundo ele, o texto preservou o trabalhador rural, deficientes e idosos. "A gente conseguiu retirar qualquer modificação de regra do trabalho rural, que é um trabalho diferenciado, foi uma exigência da bancada do Nordeste, já que a gente sabe que é de domingo a domingo, sol a sol, batendo estaca", disse Efraim. O deputado também citou a preservação do benefício de prestação continuada (BPC) para as pessoas com deficiência e idosos abaixo da linha da pobreza. 
"Porém estamos atacando os privilégios a que a elite do serviço público que ganha acima de R$ 30 mil, inclusive os próprios políticos, para que todo mundo fique submetido a um único teto, que é o teto do setor privado, hoje, de R$ 5.500, porque, infelizmente, tem se tirado dinheiro da saúde, da segurança e da educação para estar cobrindo o rombo da Previdência, e está faltando na hora de prestar um serviço de melhor qualidade", disse o democrata ao ClickPB.
Questionado sobre os magistrados, Efraim disse que da mesma forma que os políticos, também é necessário tirar os privilégios de magistrados, juízes e membros do Ministério Público. "Também estão nessa nova regra. Limitar as aposentadorias privilegiadas para permanecer no mesmo teto, ou seja, será uma regra mais dura, porém uma regra igual para todos", disse Efraim, revelando que associações dessas representativas dessas categorias já o procuraram. "Mas a gente prefere permanecer ao lado da sociedade brasileira", disse. 
Mais cedo, líderes da base governista propuseram à oposição que retirasse a obstrução (recursos regimentais para atrasar os trabalhos) em plenário para que os deputados debatessem a proposta. A ideia seria votar a matéria amanhã (10), com apenas dois requerimentos de obstrução. A oposição não concordou com essa sugestão.
Foi marcada uma segunda reunião de líderes para esta tarde para que seja definido o rito de votação da proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19): se houver acordo com a oposição, a votação dever ficar para esta quarta-feira, se não houver acordo, governo e os partidos do Centro vão tentar vencer a obstrução e colocar em votação ainda hoje o texto-base da reforma.
CLICKPB


BORGES NETO LUCENA INFORMA

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