Zé Maranhão minimiza dissidência de Doda de Tião e não confirma expulsão de filiado: “Esse caso vai ser estudado”

Apesar de não agir de acordo com as determinações do PMDB estadual e depois de ter ensaiado a desfiliação da legenda, o deputado estadual Doda de Tião ainda pode sair sem arranhões da briga partidária.

Na tarde desta terça-feira (01), o ex-governador José Maranhão (PMDB), que é presidente de honra do PMDB paraibano não confirmou a expulsão do deputado da legenda por insubordinação e por infidelidade partidária e deixou a possibilidade de punição apenas como uma ‘tendência’.

Sem colocar panos quentes na situação de Doda de Tião, Maranhão destacou que o caso do parlamentar será analisado e estudado pelo diretório do partido. Para não fugir da pressão dos demais filiados, Maranhão também admitiu que a tendência é que o parlamentar dissidente seja punido de alguma forma.

Para Maranhão, o partido tem todo direito de cobrar fidelidade de Doda de Tião. Ele disse ainda que o Ministério Público Eleitoral e os suplentes do partido que se sentirem prejudicados com a atuação do deputado, que deixou a bancada de oposição e vem apoiando o governo, também podem usar as ferramentas judiciais para questionar o mandato na ALPB.

“A exigência da bancada do PMDB é que se aplique a ele as normas do regimento, no entanto, esse caso ainda vai ser estudado pelo nosso diretório e pelos demais interessados”, afirmou Maranhão.

Desde que declarou apoio ao governador Ricardo Coutinho (PSB), Doda de Tião vem sendo cobrado e criticado pelos principais membros do PMDB. Pensando em escapar de uma possível punição por infidelidade, ele quis ingressar no PSD, mas teve sua filiação vetada pela direção da recém-criada sigla.

Não se sabe se o deputado Doda de Tião vem mantendo encontros reservados com José Maranhão para tratar da situação partidária. O que se sabe é que o futuro do parlamentar, que seria decidido na última segunda-feira (31), foi adiado para a próxima segunda-feira (07). O encontro foi adiado devido a ausência do ex-governador, que estava em viagem. O PMDB pretende tomar decisões sobre o futuro dos infiéis no mesmo dia da posse de Cássio Cunha Lima (PSDB) no Senado Federal.

 
BORGES NETO NAÇÃORURALISTA /PB.A

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