Paraíba tem a maior frota per capita de barcos de lazer da Região Nordeste

O litoral da Paraíba tem apenas 130 quilômetros de extensão, mas concentra o maior número de embarcações de esporte e recreio per capita do Nordeste. De acordo com o comandante da Capitania dos Portos da Paraíba, Paulo Santos de Oliveira, são aproximadamente 3,5 mil embarcações registradas no Estado, o equivalente a uma embarcação para cada 1.076 habitantes. Em números absolutos, o Estado fica em terceiro lugar da Região, perdendo apenas para os Estados da Bahia, que tem aproximadamente 8,7 mil embarcações, e Pernambuco, com uma média de 5,5 mil embarcações registradas.
De acordo com os números informados pela Capitania dos Portos da Paraíba, Pernambuco é o segundo Estado com a maior frota per capita, com uma embarcação para cada 1.599 habitantes. A Bahia segue em terceiro, com 1.611 habitantes por embarcação de esporte e recreio. O capitão de fragata Paulo Santos destaca que os números são aproximados e mudam rapidamente. Em todo caso, a colocação da Paraíba chama atenção pelo tamanho do Estado e do seu litoral. A Bahia, por exemplo, fica atrás da Paraíba em termos proporcionais e é o Estado com o litoral mais extenso do país.
De acordo com os dados, a embarcação preferida dos paraibanos é o jet ski. São registradas no Estado 1.240 embarcações como esta, o equivalente a 64% do total. A preferência pode ser explicada pelo valor da embarcação – é a embarcação motorizada mais barata do mercado, cerca de R$ 30 mil – e também possui o menor custo de manutenção. Para guardar o jet ski numa marina, o proprietário vai desembolsar, em média, R$ 250 por mês, incluindo limpeza, colocação e retirada da água, uso das instalações e assistência na água.
A Paraíba conta com aproximadamente 10 marinas de grande porte - um número considerado alto para o tamanho do Estado. Elas ficam concentradas na cidade portuária de Cabedelo, principalmente nas praias de Intermares e Jacaré. Nesta época do ano, o número de barcos no mar chega a triplicar nos finais de semana. Em uma única marina do Estado, o número salta de 30 para 100 embarcações aos sábados e domingos. É importante lembrar que para conduzir embarcações de esporte e lazer é obrigatório ser habilitado.
Costa tem piscina natural
Não é a toa que turistas pernambucanos e potiguares procuram a costa paraibana no período de férias para colocar as embarcações no mar. De acordo com o empresário José Odilon Lula, proprietário de uma marina na Capital, a distância de 1 quilômetro entre a costa e os arrecifes de corais transformam a costa paraibana numa verdadeira piscina natural, propícia e segura ao lazer marítimo. “Nós recebemos turistas de Recife e Natal durante o verão. Eles costumam fazer contratos menores com as marinas, de dois ou três meses, e trazem suas embarcações para aproveitar aqui a temporada de alta estação”, disse o empresário.
O capitão de fragata, Paulo Santos de Oliveira, explica que a água acumulada entre a barreira de arrecifes e a costa é mais calma e, por isso, melhor para o lazer marítimo. “As ondas maiores dificultam a navegação e a estabilidade das embarcações. Por isso as águas abrigadas são melhores para o lazer”, comentou o comandante da Capitania dos Portos.
O empresário do ramo de marina, Odilon Lula, lembra que a área após a barreira de arrecifes já é considerado alto mar. Para embarcações de pequeno e médio porte, que geralmente não contam com bússolas, navegar em mar aberto pode ser perigoso, principalmente porque a perda do contato visual com a costa dificulta a localização da embarcação.
Outro fator que torna o litoral da Paraíba atrativo é a proximidades das estruturas náuticas com as áreas residências. “Quem mora em João Pessoa e Cabedelo está muito próximo às marinas. Saindo da Capital, em 20 ou 30 minutos você está na marina. Em Recife, por exemplo, as praias propícias a navegação de recreio - Maria Farinha e Porto de Galinha - estão a uma hora e meia/duas horas de distância das residências”, comparou.
Barcos de até R$ 3 mi
De acordo com o empresário José Odilon Lula, que também tem uma loja de barcos em Cabedelo, a frota paraibana possui embarcações que variam de R$ 65 mil a mais de R$ 3 milhões. “Nas marinas de grande porte, a maior concentração é de barcos que custam em torno de R$ 300 mil, mas há barcos menores e também de grande porte, que chegam a valer mais de R$ 3 milhões”, contou. 
Para manter as embarcações em marinas apropriadas, o custo mensal varia de R$ 450 a R$ 1,3 mil, dependendo do tamanho da embarcação. Como os jet skis, a mensalidade inclui limpeza, colocação e retirada da água, uso das instalações e provável assistência na água. No caso das embarcações de grande porte – o empresário Lula acredita que existam cerca de 30 no Estado – além do custo com a marina, também se faz necessário um marinheiro exclusivo. Com isso as despesas mensais chegam a R$ 2,5 mil, em média, sem contar o combustível as revisões periódicas.
Marinas alugam embarcações de lazer com marinheiro por até R$ 2 mil
Picãozinho, Areia Vermelha, Prainha, enseada do Rio Soé, Baia de Coqueirinhos, Farol da Pedra Seca. Não são poucos os destinos que paraibanos e turistas podem conhecer na costa paraibana. Isso sem falar na possibilidade de assistir ao Bolero de Ravel de um ângulo diferente, dentro de uma embarcação, de frente para os bares da praia de Jacaré. Quem não tem barco, também pode desfrutar desse momento de lazer. Para isso, é preciso desembolsar de R$ 1 mil a R$ 2 mil, dependendo do tamanho da embarcação, para navegar quantas horas quiser durante um dia pela costa paraibana.
Os barcos menores, cujo aluguel gira em torno de R$ 1 mil, não possuem cabine, nem banheiro e comportam de seis a 10 pessoas. O valor inclui marinheiro para conduzir a embarcação e combustível. “Se o cliente quiser, pode pegar o barco às 7h da manhã e devolver às 19h da noite. O barco fica a disposição do cliente o dia inteiro”, explicou o empresário do ramo, José Odilon Lula.
As embarcações maiores, que custam em torno de R$ 2 mil, possuem cabine com uma ou duas camas, banheiro, geladeira, fogão, microondas, entre outros atrativos. “Esses barcos são equipados com uma estrutura capaz de proporcionar um dia de lazer com conforto”, explica o proprietário de marina, Odilon Lula. O valor do aluguel também inclui combustível e marinheiro. Nas marinas de grande porte, os clientes ainda podem adquirir comida e bebida em lojas de conveniência. “Geralmente as pessoas preparam uma cardápio mais elaborado, mas quem não tiver tempo ou resolver alugar um barco de última hora pode contar com as lojas de conveniência”, disse. 
Habilitação é indispensável
A habilitação é indispensável para conduzir embarcações de esporte e recreio, inclusive jet ski. Para habilitar-se, os interessados devem procurar a Capitania dos Portos (Rua Barão do Triunfo, 372, Varadouro, em João Pessoa) para se inscrever. É necessário um requerimento solicitando a inscrição (os modelos estão disponíveis no site www.mar.mil.br/cppb), cópia autenticada dos documentos pessoais e comprovante de residência, além de atestado médico que comprove bom estado psicofísico (físico, auditivo, mental e visual), incluindo limitações caso existam.
Depois de apresentar a documentação, os candidatos se submetem a um exame teórico que aborda regras básicas de navegação e segurança no mar, realizado sempre às quartas-feiras. O conteúdo está disponível do site da Capitania. Para habilitar-se, a Capitania dos Portos não realiza qualquer exame prático. O capitão de fragata Paulo Santos explica que a Legislação não faz esse tipo de cobrança e por isso os candidatos são dispensados.
O grupo Amadores está dividido nas seguintes categorias
- Veleiro: Apto para conduzir embarcações à vela ou a remo sem propulsão a motor, nos limites da navegação interior. 
- Motonauta: Apto para conduzir somente Jet-Ski, nos limites da navegação interior.
- Arrais-Amador: Apto para conduzir embarcações nos limites da navegação interior.  - Mestre-Amador: Apto para conduzir embarcações entre portos nacionais e estrangeiros nos limites da navegação costeira. 
- Capitão-Amador: Apto para conduzir embarcações entre portos nacionais e estrangeiros, sem limite de afastamento da costa.
Mestre-Amador/ Capitão-Amador
Cópia de todos os documentos listados acima e pagamento da
taxa de Inscrição no valor de R$ 40,00
Documentos necessários para inscrição no exame de habilitação
Veleiro/ Motonauta / Arrais-Amador
Requerimento solicitando a inscrição
Cópia autenticada da Carteira de Identidade e do CPF
Cópia do Comprovante de Residência - água, luz ou telefone
(Caso esteja em nome de parentes apresentar documento que comprove laços familiares) 
Atestado Médico que comprove bom estado psicofísico (físico, auditivo, mental e visual), incluíndo limitações caso existam
BORGES NETO NAÇÃORURALISTA

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