Trócolli Jr pede ao governador instalação da Polícia Pacificadora em Cabedelo

Deputado pede ao governador instalação da Polícia Pacificadora em Cabedelo O deputado estadual Trócolli Júnior (PSD) esteve reunido na manhã desta terça-feira (31) com o comandante geral da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, em seu gabinete, e solicitou ao governador do Estado, Ricardo Coutinho a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), no Centro de Cabedelo, região Metropolitana de João Pessoa.

O objetivo é combater o alto índice de tráfico de drogas e violência em Cabedelo. O modelo é semelhante ao implantado em favelas do Rio de Janeiro dominadas por traficantes. O parlamentar argumentou que Cabedelo já apresenta níveis elevados de violência, onde a polícia tem dificuldade de acesso.

“Não podemos permitir que Cabedelo esteja entre as cidades mais violentas da Paraíba e tenha jovens morrendo executados por conta do tráfico, que tem dominado comunidades inteiras”, disse Trócolli.

“O crack já virou uma crise epidêmica, que precisa ser combatida, se deu certo nos bairros de João Pessoa, dará certo em Cabedelo e não há nada desabonador em copiar ações positivas”, finalizou.

A Paraíba é o terceiro Estado com o maior número de homicídios provocados por arma de fogo no país, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional dos Municípios em 5 de maio. Do total de homicídios na Paraíba, 80,5% são causados por armas de fogo, atrás apenas de Alagoas (83,3%) e da Bahia (81,3%).

Em João Pessoa, a Unidade de Polícia Solidária (UPS), já foram instaladas nos bairros: Mandacaru, Alto do Mateus, Ilha do Bispo, São José e Bairro dos Novaes e apresentaram diminuição nos índices de criminalidade.

Em abril de 2011, o bairro Alto do Mateus recebeu duas unidades de Polícia Comunitária. “As comunidades têm nos agradecido essa presença efetiva nos bairros, pois os policias se estabilizam naquela localidade e se envolvem mais com as pessoas”, comemora tenente-coronel Marcos Alexandre de Oliveira Lima Sobreira, coordenador estadual da polícia.

A experiência do Rio

O Estado do Rio de Janeiro conta, desde 2008, com Unidades de Polícia Pacificadora. Segundo o subsecretário de Planejamento de Integração Operacional da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá, o número de homicídios dolosos em todo o Estado caiu 18% desde a implantação das UPPs, que hoje totalizam 18. Comparando os anos de2006 a2010, aredução chega a 25%.

Sá afirmou que os roubos de rua também tiveram uma queda de 11% entre 2009 e 2010, e o de veículos, no mesmo período, teve um decréscimo de 20%. O subsecretário apontou que as características geográficas e topográficas, na cidade do Rio de Janeiro, contribuíram para criar uma ambiência favorável para o crime se instalar, semelhante ao que tem ocorrido em algumas comunidades de João Pessoa.

“Havia realmente uma ambiência de guerra. O policiamento comunitário devolveu os direitos políticos, econômicos e sociais àquela população. Eles passaram a conviver com os mesmos direitos e problemas normais de outros bairros, como brigas de vizinho, roubos, mas uma coisa que é bastante importante ressaltar é que acabou a ‘ditadura do fuzil’. Desde então, a situação se resume à seguinte: ou é preso ou foge. Posso dizer que o tráfico continua, mas o faz de forma muito discreta”, contou.




Assessoria
BORGES NETO NAÇÃORURALISTA

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