Governo do Estado definirá nesta sexta-feira a empresa que irá gerenciar o Hospital de Trauma de João Pessoa
A secretaria de Saúde do Estado realiza nesta sexta-feira (8) sessão
pública visando a seleção de empresa que será contratada para dirigir o
hospital de Trauma de João Pessoa. O processo será realizado por meio de
dispensa de licitação, conforme a convocação pública nº 003/2012.
A reunião será as 9 h, na secretaria de Saúde do Estado. Na ocasião,
serão recebidos e abertos os envelopes contendo as propostas. De acordo
com o edital, o contrato de gestão terá duração de dois anos, podendo
ser prorrogado. O contrato com a Cruz Vermelha termina agora em junho,
mas nada impede que ela participe do processo de seleção.
Na última sexta-feira (1) o juiz Alexandre Roque Pinto, da 5ª Vara do
Trabalho de João Pessoa, proferiu sentença julgando procedente uma ação
do Ministério Público do Trabalho contra a terceização do hospital de
Trauma. Ele declarou nulo o contrato de gestão celebrado entre o Estado e
a Cruz Vermelha, bem como todos os seus aditivos e renovações,
determinando o seu desfazimento sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
De acordo com a decisão judicial, o Estado terá que se abster, a partir
de agora, de terceirizar mão de obra na atividade-fim dos serviços,
equipamentos, hospitais, postos e unidades de saúde em toda a Paraíba.
"Não se está aqui dizendo que a Administração não pode celebrar
contratos de gestão pactuada, na forma da Constituição e da Lei. Não é
isso. O que se está repudiando é a utilização de contratos de gestão ou
de prestação de serviços para a contratação indireta de pessoal para a
atividade-fim dos órgãos da Administração", diz a sentença.
Anterior a essa sentença existe uma decisão do Tribunal Superior do
Trabalho (TST) que autoriza o governo do estado a firmar parceria com a
Cruz Vermelha. O Ministério Público do Trabalho interpôs agravo
objetivando mudar a decisão. "É uma pena que o TST não tenha
compreendido a gravidade do caso pelo qual passa a Paraíba. Contudo,
vamos juntar a sentença ao agravo que interpusemos no TST a fim de
obstar de imediato a sanha do Estado em privatizar a saúde", disse o
procurador do Trabalho Eduardo Varandas.
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