
“Este
é um momento oportuno para unir forças e abraçar a causa do porto”,
disse o presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wilbur Jácome, que
representou o Governo do Estado na sessão especial da Câmara Municipal
de Cabedelo que discutiu estratégias para evitar a retirada das
instalações da Petrobras do terminal portuário. A sessão contou com a
participação de diversas autoridades, sindicalistas, representantes do
comércio e trabalhadores.
“A Paraíba discute a infraestrutura do Porto há tempos, precisamos
aproveitar esse momento para refletir a importância do Porto para o
Estado, estamos em uma crescente de mais de 50% em três anos e meio,
além de gerar mais de 2 mil empregos diretos e indiretos, com um
crescimento como este não há o que discutir quanto a viabilidade do
Porto”, disse Wilbur Jácome.
O presidente da Docas-PB destacou ainda as perdas que o Estado pode
sofrer caso a Petrobras retire suas instalações: “Perderíamos 500
empregos diretos, além de um déficit de circulação de 300 caminhões e
500 pessoas deixando de circular na cidade. Diminuiria consideravelmente
o consumo de combustível, comida, hotel, atingindo todos os setores do
comércio local. Nesse momento perderíamos 40% da movimentação e 25% do
faturamento do porto – que é de cerca de R$ 3 milhões – diminuindo a
capacidade de competitividade e a perspectiva de atrair investimentos.
Temos que evitar isso, o Porto é da Paraíba. Somos necessários ao
desenvolvimento econômico desse Estado”, afirmou.
Dos 15 maiores contribuintes de Cabedelo, 14 estão ligados à atividade
portuária, gerando mais de R$ 2 milhões por ano em ISS para o município.
Projetos – O Porto de Cabedelo defende hoje três projetos: o primeiro é
a construção de um terminal de múltiplo uso (que custa cerca de R$ 400
milhões), 550 metros de novos berços e 102 mil metros quadrados de
armazenagem. Com essa obra, o porto passa a ter uma capacidade de
absorver, no mínimo, os 50 mil contêineres da Paraíba que são
movimentados hoje em Suape.
O segundo projeto trata do reforço do cais envolvente, aumentando o
destacamento do cais em 25 metros, o que vai possibilitar novas
dragagens e o aumento do calado para, no mínimo, 13 metros. Isso
viabilizaria o atracamento de embarcações maiores. O terceiro ponto é a
dragagem, que de acordo com o presidente da companhia Docas da Paraíba,
estaria incluída no próximo plano nacional de dragagem do Governo
Federal.
A audiência contou também com a participação do presidente do Sindicato
do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo na
Paraíba (Sindipetro-PB), Omar Hamad, que prestou informações e
esclarecimentos sobre a perda da cabotagem pelo porto de Cabedelo para o
Porto de Suape. O presidente do sindicato relatou que a Petrobras
coloca em prática um plano de austeridade para minimização de custos.
“Acredito que, daqui para o final do ano, a Petrobras já tenha esse
plano concluído e se não intervimos agora não teremos mais o que fazer.
Precisamos unir forças para tentar solucionar o problema. Caso isso
venha a acontecer, acarretaria ao Estado o aumento imediato do preço do
combustível, custo do frete, perda de arrecadação de ISS e ICMS”,
observou.
SecomPB
BORGES NETO SE LIGA PARAÍBA
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