Confira ruídos do dia que podem comprometer audição
“Estamos
expostos a alguns ruídos do nosso cotidiano que podem contribuir para
que tenhamos uma perda auditiva”, afirma a fonoaudióloga Andréa Campos
Varalta Abrahão, uma das idealizadoras da Rede Direito de Ouvir –
especializada em venda, manutenção e suporte técnico de várias marcas
de aparelhos auditivos, pilhas e outros acessórios.
A chamada poluição sonora – definida pela especialista
como todo excesso de ruído existente na vida cotidiana – pode
prejudicar a audição até mesmo de maneira permanente. “Os ruídos mais
altos alteram a vascularização da orelha e a falta de oxigênio causa a
morte das células auditivas, um processo que é muitas vezes
irreversível. As alterações bruscas de temperatura também podem causar
danos.”, explica a fonoaudióloga.
Os mais prejudicados são aqueles expostos diariamente a ruídos de alto
nível. Em grandes cidades, o trânsito – buzinas, motores, acúmulo de
carros e o barulho de meios de transporte como o metrô – é um dos
vilões. “Ruídos altos isolados não são tão lesivos quanto aqueles mais
persistentes e cotidianos”, considera Andréa. “Por isso, moradores de
cidades pacatas são menos prejudicados que habitantes de grandes
cidades.”
Algumas categorias profissionais também precisam ter mais atenção ao
ruído a que estão expostos. Cabeleireiros que manuseiam secadores de
cabelo cotidianamente; trabalhadores domésticos expostos a barulhos como
aspiradores de pó e máquinas de lavar roupa; cozinheiros que utilizam
liquidificadores e batedeiras; lavadores de carro que aspiram
internamente os veículos; professores de academia que usam música alta
para animar os alunos; trabalhadores da construção civil que fazem uso
de britadeiras; e motoristas de ônibus, taxi, metrô ou caminhão que
enfrentam o trânsito diariamente são alguns dos exemplos.
Alunos de academia, moradores de regiões próximas a aeroportos, obras e
vias de trânsito intenso também precisam ficar atentos para que não
tenham perdas auditivas. “Uma pessoa que vai a uma balada e ouve música
alta, por exemplo, também pode ter a audição prejudicada, mesmo exposta
ao ruído uma única vez, pois ele é muito alto”, alerta Andréa. Quem
ouve música em aparelhos portáteis com fone de ouvido, também pode ter
problemas. “A exposição ao ruído com fone é igualmente lesiva”, informa
a especialista.
Redução de danos – Como a avaliação do volume de um som
é subjetiva – pode ser alto para alguns e não para outros – apenas um
aparelho próprio, chamado decibelímetro, pode medir se o som está ou
não acima do ideal. Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, o
ouvido humano suporta até 90 decibéis. Já existem alguns aplicativos de
celular que medem o som ambiente e podem ajudar a descobrir se um
ruído já está ou não prejudicando a audição.
A poluição sonora é um problema tão preocupante que, a partir de 2014, o
Inmetro vai colocar um selo que identifica a quantidade de ruído de
alguns eletrodomésticos. Com o selo, o consumidor poderá avaliar quanto
barulho aquele eletrodoméstico produz. Especialistas avaliam que, com o
tempo, a tendência é que os fabricantes reduzam o ruído dos aparelhos,
já que os consumidores devem preferir comprar os mais silenciosos.
“Mas só isso não basta, é preciso difundir mais informações”, acredita a
fonoaudióloga.
No caso de perceber um zumbido no ouvido – após uma balada em que
aconteceu a exposição a ruídos extremos, por exemplo – Andréa indica que
a pessoa procure imediatamente um especialista. “Quanto mais rápido
houver um diagnóstico e for iniciado o tratamento, maiores são as
chances de reverter o quadro, que pode até levar à surdez se não for
cuidado”, alerta. Ela lembra que existem alguns medicamentos que também
podem ser usados nesses casos.
Outra medida interessante para quem está exposto a ruídos constantemente
é o uso de protetores auriculares, como os EPIs obrigatórios para
algumas categorias profissionais. “O uso cotidiano pode ser benéfico,
mesmo para quem não atua profissionalmente. E a Direito de Ouvir modela
esses protetores com material transparente e translúcido, com um tom
que se aproxima muito da cor da pele, para que sejam uma alternativa
discreta e eficaz”, recomenda.
Sobre a Direito de Ouvir - Fundada em 2005, a Direito
de Ouvir foi idealizada pela fonoaudióloga Andréa Campos Varalta
Abrahão e projetada pelo empresário Frederico Vaz Guimarães Abrahão, já
com vasta experiência no segmento. “Ingressei no ramo de aparelhos
auditivos montando a primeira assistência técnica da região. Enquanto
Andréa adaptava o aparelho auditivo, eu dava manutenção”, revela o
empresário.
A empresa comercializa e faz manutenção em aparelhos auditivos de
diversas marcas – o que possibilita uma melhor adaptação em cada caso –,
além de oferecer acessórios, pilhas e produtos para limpeza e
conservação dos aparelhos. Possui um laboratório próprio com técnicos
especializados e oferece suporte completo aos clientes e franqueados.
Assessoria
BORGES LUCENA INFORMA
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