Aberto 5º Festival Internacional de Música de Campina Grande



 Com a apresentação do espetáculo “A Paixão Segundo Alcaçus, de Danilo Guanai”, foi aberto ontem à noite, no Teatro Municipal Severino Cabral, o 5º Festival Internacional de Música de Campina Grande.

A obra trata musicalmente textos do Evangelho de Marcos a partir de fragmentos extraídos dos romances recolhidos pelo pesquisador Deífilo Gurgel, na comunidade de Alcaçus, litoral sul de Natal (RN), nos quais esses romances foram harmonizados por um método original denominado Discante Dual, criado especialmente para a composição da obra. Com 11 movimentos, a apresentação envolveu o público que se mostrou encantado com toda a musicalidade que combinou a narrativa da Paixão de Jesus Cristo com a sonoridade da arte, através da qual o autor buscou enfocar “a dimensão humana, colocando em um plano importante a definição de quem somos e o nosso papel como protagonistas de uma paixão cujo sentido tem sempre que ser relembrado e recriado”.

Pelo 5º ano consecutivo, o festival acontece graças a uma parceria entre a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB). O evento segue até o dia 26 de julho e conta com uma programação vasta e recheada de apresentações que acontecerão no Teatro Municipal Severino Cabral, Mosteiro das Clarissas, Igreja Batista, e na cidade de Remígio. Além dos espetáculos, oficinas serão ministradas no Teatro e na Universidade Federal de Campina Grande. As oficinas serão ministradas por renomados profissionais da música, e entre elas estão Teatro Musical com a norte-americana Jena Nelson e Introdução a Regência orquestral pelo baiano José Maurício Valle Brandão.

Em seu discurso de abertura, o reitor da UEPB, Rangel Junior, destacou a realização mais uma vez da parceria entre a UEPB e a UFCG e ressaltou a necessidade de se continuar investindo em arte, pelas possibilidades de crescimento tanto a partir da educação convencional como principalmente da acadêmica. “Eu vi esse festival crescer. Por isso não tenho dúvidas do êxito dessa parceria com a UFCG. Indiferente de quaisquer problemas enfrentados por nós, a UEPB mantém a sua linha de apoio, de incentivo, e isso faz parte do educativo. Investir em arte é investir em educação, com a possibilidade das pessoas assistirem a um espetáculo e se educar para ouvir”, destacou Rangel Junior.

O diretor do Centro de Humanidades da UFCG, professor Luciênio Teixeira, que na oportunidade representou o reitor Edílson Amorim, saudou a todos e salientou a pujança que o Festival Internacional de Música de Campina Grande já alcançou ao longo desses cinco anos. Segundo ele, apesar do longo caminho que ainda será percorrido, a maturidade que o evento construiu é latente e positiva. “Desejo sucesso a todos que estão e Irã participar desse festival nesta quinta edição, que deixa um gosto positivo pela maturidade e pujança que atingiu no decorrer das demais edições. Pelo sucesso que temos alcançado, certamente nos encontraremos nos próximos anos”, disse Luciênio.

Já Lula Cabral, secretário de Cultura de Campina Grande, que na abertura do evento representou o prefeito Romero Rodrigues, não poupou elogios a realização do festival, nem esqueceu a marca pioneira de Campina Grande nos aspectos culturais. Segundo ele, durante todos os dias de festival o município irá provar sua versatilidade nos eventos ligados à cultura. “Esse festival é um exemplo da diversificação que Campina Grande tem. Mais uma vez essa cidade dá prova da amplitude e grandeza mostrando a força que tem por oferecer um momento tão importante para a nossa cultura”, afirmou Lula Cabral.

Chió Batista, prefeito da cidade de Remígio, município que pela primeira vez participa do festival como local onde também serão realizadas várias atividades, ter a oportunidade de realizar atividades naquela cidade irá promover a ampliação e divulgação da música, fatores que são importantes para o processo de crescimento social. “É um privilégio muito grande está participando de um evento como esse e proporcionar aos filhos de Remígio conhecer mais sobre esse universo da música clássica. Queremos dar a oportunidade de mostrar outros tipos de músicas, já que todos têm esse direito de ampliar seus conhecimentos e se aproximar dessa manifestação cultural”, disse.

O coordenador geral do festival, Carlos Alan Peres, ressaltou a importância desta quinta edição, que está sendo realizada em um ano especial para Campina Grande. “Esse festival é a culminância de tudo um projeto que começou há bastante tempo. Ele é muito importante, e neste ano nós não queremos apenas comemorar os 150 anos de Campina Grande. Estamos aqui para celebrar os 150 anos que virão, o sescinquentenário vindouro dessa cidade tão importante”, projetou Carlos Alan.

Assessoria
 LUCENA INFORMA

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