17% dos casais brigam quando o assunto é dinheiro, diz pesquisa

Pesquisa mostra que 16,7% dos brasileiros casados declaram que a maneira como eles gastam o próprio dinheiro é motivo de briga dentro de casa. O percentual de conflitos sobe para 22,7% quando analisados somente os casais inadimplentes. Ao analisar apenas os entrevistados que não estão com contas em atraso, o percentual cai para 10,7%.

A pesquisa foi divulgada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.
Para o educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, os números mostram que grande parte dos problemas de relacionamento começa quando o assunto é dinheiro, mas nem sempre isso é percebido claramente pelos casais. "Na maioria dos casos, o dinheiro vem disfarçado nas discussões. Se falta dinheiro para uma saída, o problema pode ser percebido como falta de romantismo. Se não sobra dinheiro para comprar roupas novas, o problema pode ser entendido como desleixo do parceiro. Se não há dinheiro para levar os filhos ao cinema, o conflito pode ser percebido como falta de carinho e atenção", diz.
Se falta dinheiro para uma saída, o problema pode ser percebido como falta de romantismo. Se não sobra dinheiro para comprar roupas novas, o problema pode ser entendido como desleixo do parceiro."
José Vignoli
Para Vignoli, o excesso de dinheiro também pode se tornar problema. "Quando a renda do casal é farta, dificilmente os dois chegam a um consenso sobre os hábitos de consumo de um e de outro e também sobre a melhor forma de administrar as finanças da família. O homem reclama dos gastos supérfluos da mulher, que por sua vez acha que as conquistas do casal estão sendo adiadas pelo desperdício ou pela 'pão durice' do marido."
O estudo mostra que a falta de transparência pode resultar em superendividamento e acabar em inadimplência. Um em cada 10 entrevistados (10,1%) afirma que não consegue ceder à pressão dos filhos e acabam endividados. “Os filhos precisam ter conhecimento da situação financeira da família e participar das decisões para compreender até onde vai o limite do cartão do pai", afirma.

O educador financeiro afirma que o melhor caminho é o da transparência, seguido de traçar objetivos e de fazer um bom planejamento financeiro. "A família precisa parar e sentar para conversar sobre as finanças. Uma relação franca pode revelar que o verdadeiro problema não é a falta de amor, mas sim a de dinheiro. Saber qual é a renda da casa, quem tem dívidas em atraso e principalmente quais são os sonhos e os objetivos de cada um é fundamental para o sucesso financeiro e do relacionamento", explica.
G1 
BORGES NETO LUCENA INFORMA

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