Novos extintores a partir do dia 1 de janeiro de 2015

partir de 1º de janeiro de 2015 todos os carros serão obrigados a terem o novo modelo de extintor de incêndio. Contudo, os veículos fabricados de 2009 para cá já saem da linha de montagem com o novo modelo. A lei foi aprovada em novembro de 2009 e foi dado o prazo de cinco anos para adequação.

Os novos extintores, modelo ABC, são mais amplos no combate ao fogo. Eles conseguem apagar chamas em materiais sólidos como tecidos, borrachas e plásticos que são encontrados nos veículos. Além do incêndio provocado por líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos. O modelo antigo, BC, apenas as últimas situações citadas.

Também é importante destacar que o modelo de extintor ABC é mais caro do que o antigo BC. Seu preço varia entorno de R$ 85,00, 60% mais caro que o anterior. Contudo, a validade é maior: cinco anos. A troca pelo novo modelo deve ser feita mesmo que o extintor antigo esteja dentro da validade.

O extintor ABC não é recarregável, portanto após seu uso ele deve ser descartado. E quem não se adequar poderá pagar multa de R$ 127,69 e perder cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Pois de acordo com a resolução 157 de 22 de abril de 2004 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), “nenhum veículo automotor, elétrico, reboque e semirreboque poderá sair de fábrica, ser licenciado e transitar nas vias abertas à circulação, sem estar equipado com extintor de incêndio”.

Entretanto há exceções. “Excetuam-se desta exigência as motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos automotores sem cabine fechada, tratores, veículos inacabados ou incompletos, veículos destinados ao mercado de exportação e os veículos de coleção”, diz o parágrafo único do artigo 1º da mesma resolução.

Josivaldo dos Santos possui um automóvel ano 2000. Ele ainda não trocou seu extintor de incêndio BC pelo modelo ABC. “Não estava sabendo desse prazo, vou trocar o meu o mais rápido possível”.

Para ele, o preço mais caro do novo modelo de extintor não é problema, pois o modelo ABC dá resposta a mais um tipo de incêndio. “Vale a pena pagar mais caro pela segurança”.


Quem também ficou sabendo do prazo para a troca do modelo de extintor há pouco tempo foi Sérgio Ferreira. Ele viu uma reportagem na tevê e saiu à procura de um local com o preço mais em conta. “Vi um preço na televisão, mas só encontro mais caro”, reclama.

Ele admite que esteja fazendo a troca apenas por causa da multa. “Não sei se terá alguma melhoria. Estou trocando o extintor por causa da multa que começa já no dia 1º de janeiro”.

Cuidados que podem salvar vidas

A obrigação de ter extintor de incêndio em carros existe no Brasil desde 1968. E geralmente ele só é lembrado em emergências ou quando o proprietário do veículo é multado por sua ausência ou se sua validade estiver vencida.

Contudo, garantir que o extintor de incêndio do carro esteja em dia pode salvar vidas. Ele deve ser levado na parte da frente do veículo, abaixo de um dos bancos dianteiros.

Dois detalhes devem ser observados para saber se o aparelho está em ordem: se o medidor de pressão está na faixa vermelha e se o lacre de proteção está rompido. O extintor também não deve estar enferrujado ou amassado.

Existem dúvidas sobre manter ou não o plástico que acompanha os extintores na hora da compra. O Contran não trata do tema com especificidade, mas determina que nada que atrapalhe sua utilização deve envolvê-los. Portanto, é melhor acoplar o aparelho sem a embalagem.

O extintor de incêndio sempre deve ser usado na posição vertical.

TIPOS DE FOGO

Existem quatro tipos de fogo que podem incendiar um carro. São eles: Fogo classes A, B, C e D.

O Fogo classe A envolve materiais sólidos que deixam resíduos. Este tipo só é combatido pelo novo modelo de extintor de incêndio para carros; o Fogo classe B envolve líquidos e/ou gases inflamáveis e queimam somente em superfície; o classe C tem relação com equipamentos e instalações elétricas.

Agora o Fogo classe D, que até o modelo SBC de extintor de incêndio não combate, envolve metais combustíveis como o titânio, zircônio, sódio, magnésio, lítio e potássio. Nesses casos, o prudente é chamar o Corpo de Bombeiros.


tribunahoje

BORGES NETO LUCENA INFORMA

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