Os petroleiros de todo o país deram início à 0h hoje (24) à paralisação nacional de 24 horas, interrompendo as atividades nas unidades operacionais e administrativas do Sistema Petrobras.
Segundo a assessoria da FUP, a paralisação conta com a adesão dos trabalhadores das áreas administrativa e de operação. “Nas áreas operacionais, houve corte no processo de rendição das refinarias, nos terminais da Transpetro e nas usinas de biodiesel e termoelétricas."
“Como não houve troca de turno, os funcionários que se encontram nas unidades operacionais da estatal estão fazendo apenas operação padrão". Segundo a FUP, após a greve, que terminará à 0h de sábado (25), "os trabalhadores darão início a um processo de avaliação dos rumos do movimento e do alcance da paralisação".
A federação informou à Agência Brasil que a luta continuará em Brasília, na primeira semana de agosto, quando os petroleiros retomarão a luta contra a aprovação do Projeto Lei 131, que visa a retirar da Petrobras a função de operadora única do pré-sal e acabar com sua participação mínima em 30% dos campos exploratórios.
A entidade lembra que, há cerca de duas semanas, dirigentes da FUP e seus sindicatos, junto com petroleiros de várias estados do Brasil e movimentos sociais, fizeram forte pressão no Senado e conseguiram derrubar o regime de urgência do projeto, previsto para ser votado na segunda semana de julho.
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) está orientando os trabalhadores das plataformas a aderir ao movimento. “A entidade avalia que é muito importante que as unidades acompanhem a decisão da maioria para que a paralisação seja forte e dê o recado contra o plano de desinvestimentos da Petrobras e contra o projeto de lei.”
Em nota, a Petrobras informou que “em algumas unidades, houve registro de bloqueios na entrada dos empregados, gerando atrasos, assim como corte de rendição de turno”. A companhia sustenta que “as atividades da empresa estão dentro da normalidade, sem prejuízo à produção, estando preservada a segurança das instalações da companhia e de seus trabalhadores”.
No comunicado, a Petrobras afirma ainda que “tomou todas as medidas para garantir a manutenção da produção de petróleo e gás, bem como o abastecimento do mercado.”
Alan
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