O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, afirmou que a presidente Dilma Rousseff pediu um tempo para concluir a formação do projeto de lei do Orçamento Geral da União para 2016, para depois voltar a se reunir com os governadores do Nordeste para definir a liberação de recursos para a região. "Ela se posiciona favorável ao repasse, mas reconhece que tem posições contrárias dentro do Governo", disse Coutinho, destacando que o repasse financeiro não se trata de favor e que os recursos da União também pertencem aos estados nordestinos.
"Do jeito que está indo, quem faz o dever de casa correto vai acabar pagando por quem não faz", lamentou o governador da Paraíba, referindo-se aos estados brasileiros que não estão cumprindo com suas obrigações financeiras e devem ser beneficiados pelo Governo Federal. "Quero que meu Estado seja respeitado!", disparou Ricardo Coutinho, acrescentando que tem lutado para manter o equilíbrio fiscal do estado com planejamento, trabalho e, até mesmo, cortes de despesas. "Não estamos devendo favor a ninguém", declarou o gestor.
A preocupação de Ricardo Coutinho é a de que a Paraíba seja prejudicada no Orçamento para 2016, que foi enviado, com déficit, pelo Governo Federal para o Congresso. "Não podemos deixar que o Estado seja prejudicado devido a soluções que precisam ser dadas agora, para poder vigorar daqui a uma ano, um ano e meio, quando os recursos devem começar a ser liberados", explicou Coutinho, após a reunião entre os nove governadores do Nordeste e a presidente Dilma Rousseff, na semana passada, no Palácio da Abolição, em Fortaleza (CE).
Orçamento estadual
Para deputado estadual Buba Germano (PSB), o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do Governo do Estado para 2016 não deve ser enviado para a Assembleia Legislativa com déficit, mas que precisa receber uma atenção especial dos parlamentares para que seja adaptada a realidade regional. "Há uma preocupação nossa porque o Governo Federal mandou o Orçamento para o Congresso com déficit", explicou o parlamentar, acrescentando que o cenário local não deve ser traçada pelos deputados de oposição, como o pior possível, mas que deve ser adaptado de forma a atender o planejamento do Poder Executivo, que tem honrado as projeções estabelecidas nos execícios anteriores.
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