Em embarcações que mal comportam uma família, dezenas tentam atravessar um mar. Outras milhares encaram a pé a travessia de cidades e países. Segundo dados da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), desde a Segunda Guerra Mundial, nunca tantas pessoas se deslocaram pelo mundo, em busca de refúgio.
De acordo com a Convenção de Refugiados de 1951, um refugiado é alguém que “temendo ser perseguido por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, seencontra fora do país de sua nacionalidade e que não pode ou, em virtude desse temor, não quer valer-se da proteção desse país”. Atualmente, mais de 54 milhões estão nessa condição.
É da Síria de onde sai o maior fluxo de refugiados. E é à União Europeia (UE) a que a maior parte tenta, desesperadamente, chegar. Desde janeiro de 2015, 500 mil cruzaram as fronteiras do bloco. Os países europeus buscam desenhar um sistema para distribuir os imigrantes. Nesta semana, a UE decidiu, em votação em que os países do Leste do continente foram derrotados, dividir 120 mil refugiados sírios e iraquianos entre nove nações.
O acordo se desenrolou com o aumento da pressão da opinião pública sobre anecessidade de medidas urgentes para lidar com a crise humanitária (entenda a crise humanitária dos refugiados na Europa). A foto do menino sírio Aylan, de 3 anos, morto à beira do mar na Turquia no início deste mês, comoveu o mundo e aumentou a mobilização na Europa.
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