'Eu Amo a Vida': Projeto conscientiza sobre a importância da vida e trabalha com ações sociais


Conscientizar as pessoas sobre a importância de como viver é precioso além de desenvolver ações sociais voltadas para os que mais precisam. Esse é principal objetivo do grupo “Eu amo vida” que tem a coordenação de dois universitários a de Jornalismo e de Direito, Maria Eunice Cabral e do estudante de Medicina Wagner Silva Cunha do município de Mamanguape.  O “Eu amo vida” conta com a parceria do Hemocentro da Paraíba, o qual todos os anos dispõe parte do material de divulgação e apoia o evento enviando ao local de realização a Unidade Móvel de coleta de sangue.

Eles explicam que o Projeto foi criado em 2012, e a partir foram feitos quatros eventos sendo dois em Mamanguape e dos em Rio Tinto. “ Esses eventos geraram a entrega das cestas básicas, o café da manhã no Hospital Laureano e a entrega de Fraldas pediátricas e geriátricas em hospitais e casas de apoio a crianças com câncer. Este foi o primeiro ano que incluímos a arrecadação de livros infantis, fizemos então uma ação referente ao Dia das Crianças para entrega dos mesmos e este ano nós entregamos os livros nos Hospitais Arlinda Marques e  Napoleão Laureano”, contou Maria Eunice.

O primeiro passo do projeto foi lançar a campanha e começar a conscientizar sobre a importância da doação de sangue. Isso foi feito como eficácia, resultando em 32 bolsas de sangue coletadas no primeiro ano do evento. Logo após, a bandeira do altruísmo foi levantada quando se agregou ao projeto a arrecadação de alimentos e fraldas descartáveis com o propósito de beneficiar diretamente os pacientes com câncer e seus familiares. Nas três edições (2012, 2013 e 2014) cerca de 200 famílias foram contempladas. O projeto se estendeu à cidade vizinha, Rio Tinto, em outubro de 2013, com a mesma perspectiva, propondo as mesmas ações, alcançou ainda mais adeptos.
Ela lembrou que foi através da venda de camisas que foram arrecadados fundos para construir o projeto que hoje conta com a participação de várias pessoas que são chamadas de ‘voluntários’. Em 2015 vendemos 670 camisas, o que nos faz pensar que tivemos uma quantidade grande de voluntários. Sem fins lucrativos e sem ligação religiosa ou política, a única placa imposta nas tendas do evento é de uma súplica para que o amor permaneça. E junto com ele que o bem nunca morra. Porque “amar significa querer fazer bem a alguém.”

A proposta do “Eu amo vida” é especialmente de arrecadação e conscientização. Sendo assim, são promovidos eventos onde são doados livros, alimentos, fraldas e onde também é coletado sangue pelo Hemocentro) “ e ainda, fazemos algo que simbolize uma celebração à vida. Facilitamos a feitura do bem e festejamos a vida”, completou.

Maria Eunice explica que como ainda se trata de um projeto, o grupo não atua em nenhum lugar específico. “ Temos esse lugar onde o evento acontece que é sempre fixo, e direcionamos as doações para hospitais e comunidades carentes.   Normalmente no mês de junho lançamos campanhas que envolve cartazes, panfletos e, sobretudo, redes sociais e pedimos para que as pessoas os procurem no dia marcado, no lugar marcado (o dia do evento) e deixe as suas doações. A campanha é em formato de arrecadação e principalmente de conscientização para que o bem seja feito”, explicou.

“o projeto foi criado para ajudar o próximo, celebrar a vida e dizer ao mundo que é preciso viver e fazer o bem”; essa foi a intenção pioneira: contar às pessoas sobre as necessidades alheias, mobilizando-as para que algo fosse feito”, explica Wagner Silva Cunha


Coordenada - Morte de jovem foi a inspiração para a criação do projeto

A morte da jovem Lorena Larry de Oliveira Carvalho com 19 anos de idade foi a inspiração para a criação do projeto. Em forma de homenagem póstuma, a iniciativa surgiu do luto, e traz à tona, antes de tudo, a importância de voltar os olhos à solidariedade. “Fazer o bem nós aprendemos através do luto o quanto há valor numa vida. Por isso nos empenhamos em fazer o bem por amor à vida. O célebre Tomás de Aquino já havia dito: ‘O amor é a alegria pelo bem e amar significa querer fazer bem a alguém’. Vemos na feitura do bem uma possibilidade de amar de forma prática”.
No carnaval de 2010, Lorena se divertia na Baía da Tração, cidade litorânea da Paraíba. Uma queda de cinquenta centímetros de altura, porém, lhe causou um inchaço descompensado e uma dor além do normal na região da pelve. Com o passar do tempo houve um aumento considerável no incômodo causado pela possível “fratura”, o que fez com que sua mãe, Rosário Carvalho, 52 anos, logo procurasse um ortopedista.
Num sábado de maio, Lorena, na época com 18 anos, recebeu a notícia de que sua dor não se tratava de uma fratura óssea, mas que havia sofrido uma inflamação no acúmulo, já existente, de células que não respeitam os limites normais do corpo: fora diagnosticada com câncer no fêmur. A partir de então, a jovem entrou numa jornada entre hospitais, laboratórios clínicos e procedimentos médicos que lhe custariam dinheiro e dedicação. Depois da biopsia, quando soube que o tumor era maligno, veio o início das sessões de quimioterapia que mudariam para sempre a sua vida.
Com o corpo já debilitado, Lorena começou a viver as limitações que o câncer sempre traz. Ainda assim, por mais que a doença a deixasse cada vez mais frágil, Lorena parecia cada vez mais forte. A luta foi densa, até que ocorreu a possibilidade de que o tumor houvesse entrado em metástase, era preciso uma cirurgia urgente para a retirada do tumor, Lorena entrou no bloco cirúrgico com a esperança de sair sem o câncer, saiu de lá sem a perna direita. O tumor já havia comprometido amplamente aquela região e, se não amputasse, corria o risco de se espalhar pelo resto do corpo.
A cirurgia pareceu ter sido a solução por alguns dias, até que logo se constatou que não. A metástase havia alcançado não só a perna, mas também a medula, o pulmão, o intestino e os rins. Quarenta e quatro dias depois da amputação, no dia 29 de janeiro de 2011, às 10:03h, Lorena morre por parada do funcionamento dos órgãos vitais. “O luto toma os ares da cidade. Um ano e meio depois, entretanto, a dor é convertida em vida com a criação desse projeto”, diz emocionada, Maria Eunice Cabral.

Coordenada: Hospitais Arlinda Marques e Laureano recebem doação de livros
Em mais uma ação social, semana passada os voluntários do projeto fizeram a entrega de livros infantis no Complexo de Pediatria Arlinda Marques e no Hospital Napoleão Laureano. No Arlinda foram 180 livros sendo que 150 livros vão ficar a disposição da Brinquedoteca e 100 foram distribuídos com as crianças internas e as atendidas na urgência. No Hospital Napoleão Laureano foram doados 225 para os pacientes e para a instituição.
O diretor geral do Hospital Arlinda Marques, Bruno Leandro de Souza destacou que parcerias com essas são sempre benvindas e terão todo apoio do hospital. “Agora as crianças internas terão mais um instrumento para ajudar a enfrentar o dia a dia do ambiente hospitalar, além de servir para enriquecer ainda mais o aprendizado e despertar o gosto pela leitura”, destacou Rivelino Monteiro.
De acordo com o coordenador da recepção da urgência do Hospital Arlinda Marques, Rivelino Monteiro da Costa, todo esse material doado vai ajudar ainda mais nas ações de humanização realizadas pelo hospital. “A leitura infantil é muito mais do que um conto de fadas, é iluminar, é abrir a mente de uma criança e quando você as incentiva a gostar da leitura você está plantando uma semente que com a certeza dará bons frutos”, destacou Rivelino Monteiro.
Assessoria 

Postar um comentário

0 Comentários