O deputado estadual Emano Santos (PTN), nesta terça-feira (24), durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), ressaltou sua preocupação quanto ao quadro alarmante de violência contra a mulher no Brasil e, principalmente, na Paraíba, confirmado pelo Mapa da Violência 2015.
O parlamentar lembrou que, segundo dados recentes divulgados por órgãos federais ligados ao Ministério da Justiça, a Paraíba possui o segundo maior crescimento de assassinatos de mulheres do Brasil, registrando um aumento de 260% do número de casos em apenas dez anos, passando de 35 para 126 homicídios por ano.
Ainda de acordo com os dados relatados pelo deputado Emano, no ranking da violência contra mulheres a Paraíba perdeu apenas para o estado de Roraima, onde os municípios cresceram 500% no mesmo período. No estado vizinho, Pernambuco, por outro lado, o número de casos apresenta diminuição contínua e vem caindo 6,6%. Já no estado de São Paulo, o mais populoso da Federação, a queda registrada foi de 39%. Quanto as capitais, João Pessoa, também ganhou destaque como sendo a terceira do país com a maior taxa de homicídios contra mulheres, sendo 10,5% para cada 100 mil habitantes. Número que perde apenas para as cidades de Vitória e Maceió.
Durante o discurso na tribuna, o deputado Emano Santos, no mesmo instante de repúdio a violência contra as mulheres, convocou a sociedade a aderir e a participar das atividades do Dia Internacional de Combate a Violência Contra as Mulheres, que começa nesta quarta-feira (24), em vários pontos do mundo, inclusive em João Pessoa.
Segundo Emano Santos, serão 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher através de ações e debates sobre o tema. Ainda de acordo com o deputado, a Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres, do Governo do estado, preparou uma série de atividades em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, Educação e Cultura, o Instituto Cândida Vargas e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional da Paraíba (OAB-PB).
“Os homicídios de mulheres negras foram ainda maiores, passaram de 25 em 2003, para 104 em 2013, um crescimento de 316%. Entre as mulheres brancas, foram três homicídios, no início do intervalo, contra 12 no final, um crescimento de 300%. Os números indicam que dois terços das mulheres mortas de forma violenta na Paraíba em 2013 eram negras. Não podemos mais tolerar o assassinato de mulheres, nem permitir que a Paraíba continue nas estáticas negativas, é preciso darmos um basta nessa criminalidade”, finalizou o deputado.
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