Polícia acha 3º corpo após tiroteio com suspeitos de terrorismo em Paris


A polícia francesa afirmou, nesta sexta-feira (20), que um terceiro corpo foi encontrado no local em Saint-Denis, ao norte de Paris, onde uma ação policial foi realizada na quarta (18). O corpo seria de uma mulher, de acordo com a agência de notícias France Presse.
Montagem mostra suspeitos que estariam por trás dos ataques em Paris. Do topo, em sentido horário: Abdelhamid Abaaoud (o líder, 28 anos, belga), Samy Amimour, um homem não identificado, Bilal Hadfi (francês) e Salah Abdeslam  (Foto: AFP)Montagem mostra suspeitos que estariam por trás dos
ataques em Paris: Abdelhamid Abaaoud (o líder, 28 anos
, belga), Samy Amimour, um homem não identificado,
Bilal Hadfi (francês) e Salah Abdeslam (Foto: AFP)
Nesta operação teriam morrido, ainda, Adbdelhamid Abaaoud, o suposto mentor dos atentados simultâneos que deixaram 129 mortos e mais de 350 pessoas feridas na capital francesa, e uma mulher que seria prima de Abaaoud, identificada comoHasna Ait Boulahcen.
Citando as autoridades, a agência France Presse disse que as investigações continuam no apartamento onde ocorreu o confronto, e que "durante a noite foi encontrado um corpo de mulher, cuja identidade está por confirmar".
No total, segundo a promotoria, "três pessoas morreram durante o confrontro, entre elas Abaaoud". Ele afirmou, porém, que "não se conhece ainda a identidade das outras [pessoas]", mas que uma bolsa foi encontrada no local e, dentro dela, havia "um passaporte com o nome de Hasna Ait Boulahcen".
Impressões digitais
Hasna Ait Boulahcen foi oficialmente identificada nesta sexta-feira (20) como uma das três pessoas mortas no apartamentoSupostamente prima do suposto autor intelectual dos atentados de Paris, ela é suspeita de ser a primeira mulher-bomba na França.
A procuradoria da capital francesa indicou em comunicado que confirmaram a identidade de Hasna Ait Boulahcen através de uma análise de suas impressões digitais, a partir de seus restos mortais encontrados no número 8 da rua Cormillon.
Também foi encontrada na casa, alvo da operação da polícia, o passaporte de Boulahcen, nascida em 12 de agosto de 1989 em Clichy-a-Garenne, município nos arredores de Paris.
A operação
Bem antes do amanhecer de quarta-feira, a polícia francesa lançou o assalto a um apartamento em Saint-Denis, ao norte de Paris, onde se escondia Abdelhamid Abaaoud.
"Onde está seu amigo, onde está?", grita um policial de elite. Uma voz rouca e estridente responde: "Ele não é meu amigo!". Seguem detonações e, pouco depois, uma explosão.

Na frente da televisão, Hassane, Sofiane e outros vizinhos do edifício onde sua mãe vive, e onde foi vista pela última vez há dez dias, reconheceram imediatamente sua foto, que rapidamente circulou pelas emissoras de televisão e, especialmente, sua voz.
Número de vítimas sobe para 130
O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, afirmou, na tarde desta sexta-feira (20), que subiu para 130 o número de mortos nos atentados do dia 13 em Paris. Até então, o número oficial de vítimas fatais dos ataques simultâneos era 129. O governo francês afirmou que há mais de 350 vítimas, muitas delas em estado grave.
"Terroristas mataram sem piedade, aniquilando 130 vidas", afirmou o primeiro-ministro em audiência no Senado francês. Segundo a agência de notícias Reuters, a equipe de Manuel Valls confirmou que o balanço foi atualizado.
Esse é o pior ataque à França na história recente.
Investigações
Uma semana após os atentados, a segurança continua rígida dentro da França e as autoridades francesas e de outros países europeus continuam investigando como um grupo de militantes do Estado Islâmico conseguiu planejar e executar tantos ataques simultâneos sem levantar suspeitas.
Nesta sexta, em uma reunião extraordiária em Bruxelas, os ministros da União Europeia concordaram em acelerar a criação de leis que reforcem os controles das fronteiras externas da UE. Entre as medidas, segundo a Reuters, está o cruzamento das informações dos viajantes europeus que cruzam as fronteiras com bases de dados criminais e de segurança (hoje, os passaportes recebem apenas uma checagem visual), e um maior compartilhamento de dados de passageiros que entram e saem do bloco de avião.
Desde o dia 13, diversas pessoas já foram detidas ou interrogadas na Bélgica, na Holanda, naAlemanha e na Suécia.
G1 

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