A agência de classificação de risco Fitch anunciou nesta sexta-feira (4) que rebaixou a nota do BTG Pactual para o grau especulativo. Os ratings do banco foram revisados de "BBB-" para "BB-", 3 degraus abaixo do grau de investimento (selo de bom pagador). A nota foi colocada ainda em observação negativa, o que significa que há risco de um novo corte o curto e no médio prazos.
Segundo a Fitch, o rebaixamento reflete "a deterioração da liquidez" do banco, que está fortemente relacionada ao "dano reputacional causado pela prisão do ex-CEO e principal acionista".
Apesar das medidas já tomadas pelo banco, como empréstimos e venda de ativos, a Fitch avalia que, sem Esteves no comando, "a capacidade do banco em continuar originando negócios em suas áreas de atuação" acaba sendo comprometida.
"A imagem da instituição continua bastante atrelada à de Esteves. Além disso, o surgimento de acusações e investigações relacionadas aos negócios do BTG Pactual pode continuar afetando sua reputação e enfraquecer ainda mais sua franquia e sua flexibilidade financeira", afirma a agência, em comunicado.
O grau de investimento é um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calotes. A partir da nota de risco que determinado país ou empresa recebe, os investidores podem avaliar se a possibilidade de ganhos (por exemplo, com juros maiores) compensa o risco de perder o capital investido com a instabilidade econômica local.
Na terça-feira (2), outra agência de classificação de risco, a Moody's, já tinha retirado o grau de investimento do banco BTG Pactual. Já a Standard and Poor´s (S&P), cortou o rating do banco de "BB" para "BB-".
Nesta sexta, o BTG Pactual informou nesta sexta-feira (4) que fechou um acordo com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para uma linha de assistência financeira de até R$ 6 bilhões, com disponibilidade imediata.
G1
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