Governo e operários combatem Aedes Aegypti em canteiros de obras


O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde e Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), realizou, na manhã desta segunda-feira (22), uma série de visitas a canteiros de obra na Grande João Pessoa. O objetivo foi mobilizar gestores públicos, profissionaisda área de construção civil e sociedade civil no combate ao Aedes aegypti. A ação contou com a presença da vice-governadora Lígia Feliciano, da secretária de Estado da Saúde, Roberta Abath, e da diretora-superintendente da Suplan, a engenheira Simone Guimarães, além de técnicos da SES.

As visitas começaram às 7h30 na obra de construção do Hospital Metropolitano de Santa Rita, e prosseguiram no Viaduto do Geisel, em João Pessoa e, depois, no Centro Formador de Educadores, localizado em Mangabeira, também na capital.

De acordo com a vice-governadora Lígia Feliciano, o Governo do Estado está realizando uma força-tarefa para alertar a população sobre o cuidado e atenção redobrada para evitar os focos do mosquito Aedes aegypti. “Visitar obras como estas serve como um alerta também para todos os trabalhadores envolvidos. Infelizmente, mesmo com toda informação, a água parada ainda existe e é dela que surgem os mosquitos”, disse.

Lígia ressaltou ainda que a população precisa ficar atenta e saber que qualquer um está sujeito à ação do mosquito. “A prevenção é o primeiro pilar para combater o Aedes agypti. 80% dos mosquitos se encontram nas residências, então essa vigilância tem que acontecer diariamente. Cada um precisa ter cuidado e fazer sua parte, porque esta é uma luta de toda a sociedade”, alertou.

As visitas fazem parte do Plano Estadual de Enfrentamento ao Aedes aegypti. Segundo a secretária de Saúde, Roberta Abath, 96% dos imóveis de João Pessoa foram visitados, totalizando um milhão de imóveis. “Depois de feita a visita, o imóvel está livre da ação do mosquito. Porém, é preciso que a população dê continuidade à ação do governo e faça regularmente a inspeção de seus ambientes, não deixando água parada e evitando, assim, possíveis focos. É o momento de todos nós darmos as mãos! Desta maneira, combateremos o mosquito e, consequentemente, todos os agravos que ele traz”, convocou.

Para a diretora-superintendente da Suplan, engenheira Simone Guimarães, a conscientização dos operários da construção civil e todos os profissionais envolvidos nas obras é de extrema importância. “Nossa missão é levar informação e orientar todos os profissionais de forma que eles entendam os perigos da proliferação do Aedes. Vamos observar os canteiros das obras para evitar o acúmulo de água e redobrar a atenção nesse aspecto, para fortalecer a nossa luta contra a proliferação dos mosquitos”, pontuou.

Alexandre Mousinho é engenheiro civil na construtora responsável pela obra do Hospital Metropolitano de Santa Rita. Ele relatou que ficou feliz com a chegada da equipe de vistoria para combater o Aedes aegypti. “Em canteiros de obra é comum o acúmulo de água parada, especialmente em períodos chuvosos. Só o prédio do Hospital Metropolitano de Santa Rita tem uma área de 18 mil metros quadrados e numa obra tão grandiosa, infelizmente, é quase impossível não encontrar algum foco. Com a visita, vamos aprender como proceder e tratar da maneira adequada. Somos, ao todo, 250 funcionários e vamos contribuir para eliminar qualquer possível foco do mosquito”, disse ele.

Casos – De 1 a 25 de janeiro de 2016 (4ª semana epidemiológica de início de sintomas), foram notificados 1.256 casos prováveis de dengue, destes 371 confirmados, os demais seguem em investigação. A Paraíba é o estado com o maior número de imóveis visitados dentro das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, desenvolvidas por meio de parceria da SES, com o Exército Brasileiro, o Corpo de Bombeiros e as Prefeituras. Até quinta-feira (18), 1.057.542 imóveis foram visitados, o que equivale a 89,78% da meta geral, que é alcançar 1.177.843.

Aedes na Mira: O aplicativo “Aedes na Mira” foi lançado oficialmente pelo Governo do Estado da Paraíba em 16 de dezembro com o objetivo de agilizar o combate ao mosquito Aedes Aegypti (transmissor da dengue, zika, chikungunya).

Com dois meses de funcionamento, o aplicativo já recebeu 557 denúncias da população sobre possíveis focos do vetor. O aplicativo foi desenvolvido por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Companhia de Processamento de Dados da Paraíba (Codata), para celulares das plataformas android e IOS. Do aplicativo as demandas são enviadas, de forma imediata, para a Sala de Situação Estadual, localizada na sede da SES, na capital, de onde são encaminhadas para as Secretarias de Saúde dos municípios para as providências.

Das 557 denúncias registradas, até agora, 417 são de moradores da capital. Quanto ao tipo de denúncia 31,8% são referentes a lixo; 18,2% são de depósitos nível de solo (água para armazenamento doméstico em tonel, tambor, barril, tina, depósitos de barros, cisternas); 20,5 % de depósito natural (folhas, ocos em árvores, buracos em rochas, restos de animais); 6,8% de pneus e 22,7% de depósitos domésticos (vasos/frascos; prato, pingadeira, recipiente de degelo de refrigeradores, bebedouros).



Secom

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