Uma médica da unidade de São Paulo já havia sido demitida por supostamente compartilhar dados sigilosos sobre o estado de saúde da ex-primeira dama em um grupo de WhatsApp horas depois dela ser internada. Neste mesmo grupo, um neurocirurgião que atuava no hospital de São Roque fez comentários sobre o tratamento de Marisa e a conversa acabou divulgada na internet.
De acordo com o jornal O Globo, o neurocirurgião Richam Faissal Ellakkis - que atuava no hospital do interior do estado - ironizou um dos procedimentos realizados em Marisa durante os dias em que ela estava internada, que foi o de provocar o fechamento de um vaso sanguíneo para diminuir o fluxo de sangue em determinado local. “Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela”, escreveu Ellakkis, que também presta serviços em outras unidades de São Paulo.
Diante da divulgação desta conversa, o hospital de São Roque optou por desligar o médico. "A Unimed de São Roque repudia veementemente as declarações dos médicos citados nas reportagens que abordam o vazamento de informações sigilosas sobre o diagnóstico da ex-primeira dama", informou.
Ainda de acordo com o comunicado oficial, o neurocirurgião não pertencia ao quadro de médicos cooperados, mas, na verdade, era um "médico terceirizado no hospital próprio desta cooperativa, por meio de contrato de prestação de serviços que está em vias de ser rescindido".
A reportagem do G1 tenta contato com o neurocirurgião Richam Faissal Ellakki, mas até agora ele não foi encontrado para comentar o caso.
O hospital de São Roque ainda informou que as medidas relacionadas ao caso estão sendo apuradas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), conforme o Código de Ética Médica. Uma sindicância já foi instaurda pelo conselho para apurar a suposta divulgação de dados sigilosos da ex-primeira dama.
"A sindicância tramita em sigilo processual e, também, investigará supostas ofensas à ex-primeira-dama que teriam sido praticadas por médicos paulistas em redes sociais", diz o conselho. Ainda segundo o Cremesp, de acordo com o Código de Ética Médica, é vedado ao médico “permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade”.
G1
BORGES NETO - LUCENA INFORMA
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