O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, se reuniu, na manhã desta terça-feira (25), com representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), para discutir a criação de um núcleo na Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), para encampar uma ação no município que integre as ações do Movimento Afetivo de Resgate à Criança Desaparecida, empreendido pelo CFM. Envolvendo, entre outras secretarias, a de Educação, Desenvolvimento Social e Procuradoria, a PMJP vai participar das articulações para estimular uma maior conscientização das famílias e desenvolver políticas públicas de combate ao desaparecimento de crianças na Capital.
“As crianças são uma prioridade de nossa gestão. O futuro de nossa cidade está nelas e é exatamente por isso que achamos que é tão importante participar de uma campanha como esta. Vamos formalizar uma equipe para avaliar de que forma João Pessoa pode avançar, seja através de palestras com a Guarda Municipal e Conselhos Tutelares, nas escolas, numa articulação com as redes de serviços, enfim, o importante é disseminarmos uma cultura de proteção e defesa de nossas crianças”, afirmou o prefeito Luciano Cartaxo.
Durante a reunião, no Centro Administrativo Municipal (CAM), o integrante da Comissão de Ações Sociais do CFM, Ricardo Paiva, explicou a campanha permanente em busca de crianças desaparecidas que já vem sendo realizada pelo Conselho, e que procura engajar os mais de 370 mil médicos do País nesta luta. “Além de contarmos com os médicos, acreditamos que a campanha pode ganhar uma força maior e, por isso, estamos contando com o apoio do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo”, afirmou.
Segundo Ricardo Paiva, com o apoio dos governos municipais, será possível que o Cadastro Nacional de Desaparecimentos realmente funcione efetivamente e seja atualizado. Outra demanda é que todos os boletins de ocorrência com registro de desaparecimento de crianças e adolescentes sejam notificados obrigatoriamente ao Ministério da Justiça. Ele explicou que 46% das meninas que desaparecem são capturadas para exploração sexual em países europeus e 42% dos meninos são levados para o trabalho escravo.
Participaram da reunião, o procurador do Município, Adelmar Régis, a secretária de Educação, Edilma da Costa Freire; o secretário de Desenvolvimento Social, Eduardo Pedrosa, e o adjunto, Vitor Cavalcante. A secretária Edilma destacou que a Sedec tem uma política voltada para o trabalho do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) nas escolas para detectar as pistas de que a criança leva para a escola que indiquem qualquer anormalidade, como a questão do abuso e que, agora também irá fortalecer o debate sobre o desaparecimento de crianças, através de palestras e ações educativas.
Dez dicas para prevenir desaparecimento de crianças
- Desde cedo, ensine à criança o nome completo do pai e da mãe
- Tire o RG (Registro de Identidade Civil) da criança o quanto antes
- Oriente a criança a não dar informações a qualquer estranho que se aproxime
- Oriente a criança a não receber doces, balas e brinquedos de desconhecidos
- Garanta que a criança esteja sempre acompanhada de alguém de confiança da família
- Converse sempre com seus filhos
- Procurar conhecer as pessoas que convivem com seu filho. Participar ativamente dos eventos envolvendo o seu filho, como aqueles ocorridos em escolas e aniversários.
- Não autorizar o seu filho a brincar na rua sem a supervisão de um adulto conhecido.
- Faça com que as pessoas, que necessitam de atenção especial, que vivem sob sua responsabilidade tenham sempre consigo (no bolso ou gravado em uma medalha) seus dados de identificação.
- Fique atento em como seus filhos utilizam computadores com acesso a internet.
Secom-JP
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