Venezuela prende 11 executivos de maior banco privado do país e anuncia intervenção

A Venezuela informou nesta quinta-feira (3) ter prendido 11 importantes executivos do principal banco privado do país, o Banesco, por “ataques” contra a moeda do país, na mais recente ação do governo de Nicolas Maduro contra o setor privado.
As prisões foram feitas após dois executivos venezuelanos da petrolífera norte-americana Chevron terem sido presos na Venezuela de forma inesperada no mês passado.
Também nesta quinta, o governo da Venezuela decidiu intervir por 90 dias no Banesco. "Esta ação de proteção ao povo venezuelano terá uma aplicação por um prazo de 90 dias, durante os quais se espera reconduzir a administração do banco, saneando-o e retirando-o de toda aquela atividade ilícita", segundo um comunicado oficial.
O governo nomeou uma junta administrativa dirigida pela vice-ministra das Finanças, Yomana Koteich, que "garantirá a todo momento os direitos dos usuários", durante os três meses de intervenção, acrescentou.

'Guerra econômica'

A Venezuela sofre um processo hiperinflacionário da moeda bolívar, que Maduro atribui a uma “guerra econômica” e que críticos do governo atribuem a incompetência e fracasso de políticas.
Ainda de acordo com a Reuters, adversários de Maduro dizem que ele está reprimindo o setor privado para tentar ganhar apoio e interromper aumentos de preços antes da eleição presidencial de 20 de maio, que os principais partidos da oposição boicotaram, dizendo ser uma fraude.
O procurador-geral venezuelano, Tarek Saab, anunciou as prisões em entrevista coletiva televisionada, mas não deu evidências de atos irregulares ou respondeu perguntas.
G1 

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