Aos 21 anos, enfermeira voluntária da Palestina é morta em Gaza


A enfermeira palestina Razan al-Najar, de 21 anos, foi morta na última sexta-feira (1º) na Faixa de Gaza, durante protestos. Ela tentava correr em direção à fronteira, mas foi atingida por tiros. As forças militares de Israel afirmam que investigarão o caso.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a jovem atuava como voluntária e chegou a salvar centenas de vidas nos conflitos entre árabes e israelenses. No funeral, houve uma comoção da população, que envolveu o corpo de al-Najar em uma bandeira palestina.
"Com nossas almas e nosso sangue, nós resgatamos você, mártir Razan", gritavam os presentes.
Multidão acompanha funeral de enfermeira (Foto: Mohammed Salem/Reuters)Multidão acompanha funeral de enfermeira (Foto: Mohammed Salem/Reuters)
Em um comunicado oficial, o ministro da Saúde da Palestina, Jawad Awwad, condenou o assassinato da enfermeira e disse que o crime violou a lei internacional.
Com al-Najar, o número de palestinos mortos desde o dia 30 de março, na Faixa de Gaza, chega a 119.
Bandeiras e gritos de protesto marcam funeral (Foto: Mohammed Salem/Reuters)Bandeiras e gritos de protesto marcam funeral (Foto: Mohammed Salem/Reuters)
Palestinas sofrem durante funeral de enfermeira morta em Gaza (Foto: Mohammed Salem/Reuters)Palestinas sofrem durante funeral de enfermeira morta em Gaza (Foto: Mohammed Salem/Reuters)

Manifestações


Desde o dia 30 de março, ocorrem as manifestações conhecidas como "Marcha do Retorno", organizadas pela sociedade civil, com o apoio do Hamas, para denuncia o bloqueio imposto por Israel a Gaza. No primeiro dia, 16 palestinos morreram e 2 mil ficaram feridos nos confrontos.
Naquela data, o governo israelense defendeu a ação de seus soldados. Segundo o Exército, os tiros só foram disparados em direção aos palestinos que incitaram maior violência.
As vítimas, por outro lado, acusam Israel de uso "desproporcional da força".

A Marcha do Retorno


A "grande marcha pelo direito de retorno" coincidiu ainda com o "Dia da Terra", uma homenagem prestada no dia 30 de março a seis árabes israelenses mortos em 1976 em protestos contra a apreensão de terras por Israel.
Os árabes israelenses são os descendentes dos palestinos que permaneceram no território após a criação do Estado de Israel em 1948.
Outro tema de disputa entre israelenses e palestinos é o status de Jerusalém, que se tornou ainda mais delicado desde que o presidente americano Donald Trump decidiu reconhecer a Cidade Sagrada como capital de Israel e transferir para a cidade a embaixada dos Estados Unidos.
Em 14 de maio, dia da inauguração da embaixada, cinquenta e oito palestinos morreram e mais de 2200 ficaram feridos.
EFE 

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