Vereadores de Cabedelo, na Grande João Pessoa, estão acusando a presidente da Câmara Municipal da cidade, Geusa Ribeiro (PRP), de golpe em relação a um projeto que a beneficiaria na eleição para Mesa Diretora. Com a suposta manobra, Geusa assumiria a prefeitura de Cabedelo em janeiro, já que Vitor Hugo (PRB) fica no cargo até 31 de dezembro deste ano.
“O que aconteceu foi que na sessão ordinária de terça-feira (27), estávamos ansiosos para fazer a votação dos projetos do executivo – onde foi aprovado por unanimidade na Casa quanto a questão do aumento salarial de inúmeras pastas como motoristas, Semob, Conselho Tutelar e os agentes de saúde relacionados ao piso nacional. Tudo foi aprovado. Sendo que, em meio a esses projetos, foi inserido um outro projeto com requerimento urgente/urgentíssimo onde fomos surpreendidos com a propositura do vereador Eudes. Na minuta, dizia simplesmente que era relacionado ao afastamento dos vereadores uma vez que o senhor Reinaldo Lima, naquele momento como presidente, dentro das situações atípicas em decorrência da Operação Xeque-Mate, pediu afastamento”, disse o vereador Evilásio Cavalcante.
“Essa resolução, comentando sobre esse ato de Reinaldo renovando essa questão do afastamento simplesmente nos surpreendeu. Digamos, quando chegou o comentário de que nesse mesmo projeto também existiam coisas que não haviam sido lidas pelo primeiro secretário em sessão ordinária, não foi entregue os avulsos, não tomamos conhecimento no que consta que uma nova mesa foi feita por que uma peça simplesmente foi feita sob ambição de ser prefeito em Cabedelo. Ou seja, o que se encontra aqui são costumes daquilo que foi operado no processo da Xeque-Mate. Eu acho que tem novos Letos aqui na casa e que estão simplesmente tentando dar mais uma rasteira, mais um golpe, e isso não será permitido”, completou.
Geusa negou e disse que na sessão foram apresentados diversos processos de forma urgente/urgentíssima, entre eles: reajuste do salário do prefeito, nomes de ruas, pagamento do décimo terceiro salário para os parlamentares. Segundo a presidente, “a Casa estava eufórica por conta desse décimo que eles estavam querendo aprovar”. “É com muita tranquilidade que eu digo que não existiu golpe de forma nenhuma”, falou à TV Tambaú.
E seguiu: “E entrou o projeto do vereador José Eudes, que foi apresentado, foi visto e passado à urgência/urgentíssima. Estava lá. Estamos com toda documentação, como também foi lido pelo relator do parecer, Janderson Brito. Foi tudo na maior transparência, inclusive com transmissão pelo Facebook e Youtube”, explicou.
Após essa declaração, houve confusão, gritaria e uma série de desentendimento. Os vereadores presentes iniciaram um 'bate-boca', que quase acaba em agressão.
“O que está acontecendo aqui é uma revolta do interino que é vereador. E a base está revoltada. Simplesmente, busquem seus direitos”, pontuou Geusa Ribeiro.
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