Bancada do governo emplaca três CPIs e neutraliza oposição

A oposição tentou mais não conseguiu assinaturas suficientes para apresentar o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de supostas irregularidades envolvendo Organizações Sociais comandadas pela Cruz Vermelha. Assim, a bancada governista, hoje, atravessou na frente três pedidos de CPIs na Casa. 
A Assembleia Legislativa da Paraíba retomou as atividades após 15 dias de reforma para adequação à acessibilidade do plenário. 
Os parlamentares governistas protocolaram as CPIs da Homofobia, da Indústria dos Pardais e do Feminicídio. Os pedidos impedem que os oposicionistas possam instalar a investigação que anunciaram no início do mês. Apenas três comissões desse tipo podem ser instaladas no Legislativo.
O deputado Raniery Paulino, líder da oposição na Assembleia, disse que a bancada tentava obter as 12 assinaturas necessárias, mas estava encontrando dificuldades. O deputado Manoel Ludgério, embora oposicionista, já havia anunciado publicamente que não assinaria o pedido da oposição. A oposição também já não conta com o deputado Felipe Leitão, que já aderiu ao Governo. A expectativa era pela assinatura do deputado Caio Roberto, pois já havia 11 assinaturas.  
Estela Bezerra e Cida Ramos (PSB) são as autoras de duas CPIs, a da homofobia e a do combate ao feminicídio. Elas disseram que a intenção não era barrar a CPI da oposição, mas que os deputados não foram ágeis para protocolar o pedido. 
“A oposição demonstrou que não tem a competência de levar a termo o que está colocando. Eu acho que os outros temas não podem ficar à reboque do que ela fez ou deixou de fazer”, disse Estela, autora do pedido para discutir a homofobia. Cida Ramos, autora da CPI do feminicídio, ressaltou que também entrou com pedido de três frentes parlamentares e com vários requerimentos para debater o feminicídio.
“É necessário uma discussão aprofundada. Mulheres estão sendo mortas diariamente, estamos estabelecendo uma relação de ódio na sociedade. A CPI está dentro do meu papel, que é discutir a questão de gênero”, falou.
A reportagem questionou a Assembleia Legislativa sobre o autor da terceira CPI, mas ainda não foi informado. 
CLICKPB

BORGES NETO LUCENA INFORMA