Brasil tinha 121 mil investidores com patrimônio de mais de R$ 3 milhões em 2018


Os brasileiros do segmento de renda mais alta (private banking) – aqueles com pelo menos R$ 3 milhões investidos – somaram 121 mil em 2018, e fecharam o ano com um patrimônio total de R$ 966 bilhões, divulgou nesta segunda-feira (11) a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O número de contas neste segmento representa um aumento de 2,5% – ou mais 4 mil clientes ativos – em relação a 2017. A medição exclui os investimentos em Previdência.
Investidores de private banking
Em número de clientes atendidos (mais de R$ 3 milhões investidos)
109,8109,8112112117,4117,4
125150
2017
117,4
Fonte: Anbima
Segundo a Anbima, a recomendação é de que o private banking inclua clientes com mais de R$ 3 milhões, mas este valor pode variar de acordo com a política de cada instituição financeira.

R$ 2,7 bilhões em investimentos


No total, o volume aplicado em investimentos no ano passado somou R$ 2,7 bilhões (ou 77 milhões de contas), um acréscimo de 9%, incluindo os clientes de varejo tradicional e alta renda, além do private banking.
O total aplicado por clientes do varejo tradicional (geralmente, com renda abaixo de R$ 1 milhão) chegou a R$ 958 bilhões no ano passado, alcançando 70,5 milhões de contas, ao passo que os clientes de alta renda (entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões) aplicaram R$ 872 bilhões, chegando a 6,4 milhões de contas ativas.

Aplicações


Cresceu em 2018 o volume total de recursos em aplicações de renda variável, como ações e fundos cambiais, que alcançaram R$40,7 bilhões e R$ 44,1 bilhões, respectivamente.
Volume investido por tipo de aplicação
Em R$ bilhões
289,3289,3315,2315,2367,3367,3450,8450,851751790,390,379,579,5104,7104,7147,3147,3154,9154,9213,6213,6253,6253,6280,7280,7270,8270,8290,2290,2443,13,13,73,73,83,84,14,1FundosRenda variávelRenda fixaPrevidência abertaDez/14Dez/15Dez/16Dez/17Dez/180100200300400500600
Fonte: Anbima
Segundo João Albino, presidente do comitê de Private Banking da Anbima, houve um decréscimo de investimentos na renda fixa devido ao cenário econômico no ano passado.
“Tivemos uma taxa Selic a 6,5% ao ano, isso fez com que esses produtos perdessem um pouco da atratividade no mercado”, afirmou em teleconferência a jornalistas.
Para o vice-presidente do comitê de Varejo da Anbima, Claudio Sanches, vice-presidente do Comitê de Varejo da Associação, as aplicações em Previdência devem continuar crescendo, com clientes buscando investimentos de mais longo prazo.
“A tendência é que cada vez mais clientes saiam da renda fixa e busquem produtos alternativos, seja fundos de ações, private equity (fundos que investem em empresas) ou fundos imobiliários”, disse.
G1 

BORGES NETO LUCENA INFORMA