MP em Campina Grande cria acesso exclusivo a promotores e revolta servidores do órgão

Servidores do Ministério Público em Campina Grande estão denunciando que foram surpreendidos por uma determinação da direção do órgão de proibir o acesso de funcionários por uma porta que, a partir de agora, passa a ser exclusiva para "membros", ou seja, promotores de Justiça. O fato aconteceu na coordenação onde funcionam as promotorias de Justiça de Campina Grande. A denúncia foi feita por Tárcio Teixeira, assistente social que atua no Ministério Público em João Pessoa.
"Não posso calar diante de tamanha humilhação com colegas servidores", disse, reclamando do constrangimento passado pelos servidores de Campina Grande. Segundo ele, alguns servidores foram barrados ao tentar ter acesso ao ambiente de trabalho por essa porta que dá acesso ao estacionamento onde os servidores também estacionam seus veículos.  
De acordo com os servidores em Campina Grande, eles agora precisam estacionar o veículo, sair do prédio e entrar pela frente do órgão, enquanto os promotores podem continuar tendo acesso pela mesma entrada, o que entendem ser ilegal e um desrespeito ao direito de ir e vir das pessoas. 
"Isso constrangeu todo mundo, ficamos sem entender o que estava acontecendo. Eles justificaram segurança. Nós somos razão de insegurança para a instituição?", questionou outro servidor que preferiu não se identificar para não sofrer perseguição. 
"Aos colegas servidores do MPPB em Campina Grande, minha solidariedade e indignação. Espero que o Procurador Geral de Justiça do Ministério Público da Paraíba possa mediar e reverter esse processo, ao menos dizer o que de fato envolve tal medida, evitando seguir o constrangimento instaurado nesse respeitado órgão", disse Tárcio Teixeira.
De acordo com entrevista do presidente do Sindicato dos Servidores do MPPB, Daniel Guerra, ao ClickPB, houve uma reunião com a Secretaria Geral a qual informou que "vai rever a posição inicial e fazer uma análise junto com a Assessoria Militar, que é responsável pela elaboração do plano de segurança do órgão e pela parte administrativa, para pensar uma forma diferente de garantir a segurança dos frequentadores da instituição, tanto servidores como membros e a própria população sem que ocorra nenhum tipo de diferenciação no tratamento."
Daniel Guerra contou também ao ClickPB que a administração do prédio do MPPB em Campina Grande alegou "que houve uma falha de comunicação e realmente foi exposto um aviso antecipado, mas que não tinha sido elaborado pela administração do órgão. Já foi determinada a retirada da comunicação e foi determinado que seja analisada outra forma para garantir a segurança. Mas sem nenhum tipo de distinção de tratamento."
CLICKPB


BORGES NETO LUCENA INFORMA