A crise do PSB caminha para uma debandada de lideranças municipais. Os prefeitos Marcelo Monteiro (Lucena) e Fernando Naya (Rio Tinto) disseram, na manhã desta terça-feira (10), que deixarão o PSB, em decorrência da crise instalada pelo grupo do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB).
A exemplo de outros prefeitos, Monteiro e Naya são contra a intervenção na legenda. Ontem (9), em Brasília, o presidente Carlos Siqueira anunciou que Coutinho assumirá a presidência da Comissão Provisória da sigla, em substituição a Edvaldo Rosas, destituído do cargo, após uma articulação do grupo do ex-governador.
O prefeito de Lucena, Marcelo Monteiro, adiantou que seguirá João Azevêdo para onde ele for e criticou Ricardo Coutinho. “A gente aqui acompanha o governador João Azevêdo. Sigo o governador para o partido que ele for. Como já disse o presidente da Assembleia [Adriano Galdino], Ricardo era para ter conversado antes e não ter ido por cima”. Em Lucena ,Marcelo Monteiro deu a maior votação da história da cidade pra o chefe do executivo.
Naya anunciou que também ficará ao lado de Azevêdo por “coerência”. “Em 2007, eu fazia parte do PPS. Na época o presidente era Hermano Nepomuceno e teve uma intervenção de cima para baixo, e junto com Hermano, saímos do partido e fomos para o PSB. Diante dessa situação, onde Edvaldo Rosas e o governador João Azevêdo não receberam nenhuma satisfação, nem os prefeitos, manterei minha linha de coerência e não seguirei no partido, a não ser que o governador ficasse no comando. Edvaldo é um cara direito e de forma alguma eu poderia ser incoerente e concordar com esse tipo de articulação. Como já disse João Azevêdo, que não permanece no partido, eu também não permanecerei”, justificou.
Os prefeitos Chico Mendes (São José dos Piranhas), Ricardo Pereira (Princesa Isabel), Mária Eunice (Mamanguape), Benício Araújo (Pilar), Murilo Nunes (Araçagi) e Fábio Tyrone (Sousa) acompanharam o governador João Azevêdo na carta enviada à direção nacional do PSB.
Redaçao com Maurílio Júnior – MaisPB


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