João Pessoa fica em segundo lugar em concurso de poesia em escola internacional

A cidade de João Pessoa ficou em segundo lugar no Concurso de Poesia do I Jogos de Verão (Ítaca-2020), promovido pela escola internacional de filosofia Nova Acrópole. O concurso aconteceu no dia 2 de fevereiro, no estado do Ceará. 
A segunda posição foi conquistada com a poesia escrita por Ricardo Melo, cuja declamação foi feita por Letícia Estevam, ambos membros da Nova Acrópole-João Pessoa. 

A competição teve a participação de membros da Nova Acrópole da Região Nordeste, que atualmente possui 15 sedes. Após um processo de seleção apenas seis poesias foram escolhidas para disputar a grande final.
“O que realmente importa é a mensagem, pois o autor passa e o conteúdo fica, destacou Ricardo Melo, que além de escritor, é declamador e ativista cultural.
Além do concurso de poesias, o evento também ofereceu competições esportivas em várias modalidades.
Com 62 anos de existência a Nova Acrópole é uma organização internacional sem fins lucrativos que promove Filosofia, Cultura e Voluntariado. Possui sede em 60 países e 93 unidades em todo o Brasil. Na Paraíba existem duas escolas. Uma em João Pessoa, na Avenida Monteiro da Franca, no bairro Miramar, e outra no centro de Campina Grande.
Resultado:
1º lugar: Crepúsculo, de Lucas Reis (Natal)
2º lugar: O Sol que aquece nosso corpo e nossa alma, de Ricardo Melo (João Pessoa)
3º lugar: O Sol Poente, de Valéria Ferreira de Souza (Natal)
Veja a poesia
O sol que aquece nosso corpo e nossa alma
Quando vejo o sol nascer lá fora
Eis que percebo na mesma hora 
O belíssimo papel da escuridão
A sombra morre dignamente, para que a luz em forma de semente, consiga brotar na imensidão
Mas que fenômeno interessante
Em todo tempo, em qualquer lugar
Pra nascer tem que morrer
Pra ressurgir tem que findar
O vazio fica imerso
O ter está em dar
O começo vem do fim
Quem diz não também diz sim
Quem silencia, a verdadeira voz pode bradar 
Por essa lógica, o sol não está sozinho
Mas é como ele fosse um grande ninho
Oferecendo-nos calor, amor e proteção
Gravitamos nessa longínqua rota, viajando ao redor de sua órbita, numa fantástica inter-relação
Por isso o tu reflete em mim
E ninguém está a sós 
Num elo de amor sem fim
De infinitos pequenos sois
Eis que uma hora tudo se retrai
Outra hora se expande
O que se agita se tranquiliza
E tudo se reedita numa inteligência fascinante
O que é confuso se esclarece
O aparente caos se harmoniza
Quem está no topo desce
Quem é esquecido se eterniza
Graças ao Astro Rei a vida é incessante
Esta é a certeza que nos acalma
É o sol que aquece nosso corpo e nossa alma
E faz com que o minúsculo homem um dia se agigante
(Ricardo Melo)

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BORGES NETO LUCENA INFORMA