Os dois acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes vão a júri popular. O crime completa dois anos no próximo sábado (14).
A Justiça do Rio aceitou o pedido do Ministério Público Estadual para que os réus fossem levados a júri popular. O policial reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio de Queiroz são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, emboscada, sem dar chance de defesa às vítimas.
De acordo com a Constituição, crimes dolosos contra a vida devem ser julgados pelo Tribunal do Júri. Na decisão, o juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal, afirmou que “há provas de materialidade dos dois crimes de homicídio”, e que “a competência dos jurados é absoluta, por ser constitucional. Por isso, segundo o juiz, o embate entre acusação e defesa deve ser decidido pelo Tribunal Popular”.
Ronnie Lessa é acusado de ter feito os disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Élcio de Queiroz, de ter dirigido o carro usado no crime, na noite de 14 de março de 2018, na região central do Rio. Os dois foram presos um ano depois da execução.
A Justiça ainda não definiu a data do júri popular. Sete jurados vão decidir o destino dos réus. Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa ficam, pelo menos até o julgamento, no presídio federal de segurança máxima de Porto Velho, em Rondônia.
No próximo sábado, faz dois anos que a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados. Durante todo esse tempo, duas perguntas continuam sem respostas: quem mandou matar Marielle? Por quê?
As defesas de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz afirmaram que vão recorrer.
Jornal Nacional
BORGES NETO LUCENA INFORMA
