O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), comentou que mantém uma posição política de independência na Câmara dos Deputados apesar de ter indicado o próprio cunhado para o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Ele destacou que a indicação foi sua, negando que seu pai tenha relação e garantiu que tratou diretamente com o ministro.
Pedro alegou que o próprio General Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo do presidente Jair Bolsonaro, quem pediu a indicação a ele.
“A indicação foi feita por mim a partir do contato feito pelo ministro General Ramos, ao cargo que compete à Presidência da República. A Sudene vai cumprir o seu papel: trazer de volta à Paraíba para o seu campo de ação. É um órgão regional, mas que nos últimos anos não tem feito ação tão próxima ao nosso estado”, disse.
O deputado afirmou que mantém sua posição política em defesa, com convicção, da agenda que o governo apresenta, “sabendo que em alguns momentos existem sim críticas, divergências ao que foi dito, algo que, inclusive, o general Ramos entende nossa posição e reconhece o novo trabalho de convergência e sintonia para tirar o Brasil desse momento difícil”.
Evaldo Cavalcanti da Cruz Neto vai assumir o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Ele é cunhado de Pedro e vai substituir o empresário Douglas Cintra que era indicação do atual líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho.
O novo superintendente é neto do ex-prefeito de Campina Grande, Evaldo Cavalcanti da Cruz e atuou recentemente como consultor na área de direito administrativo. Cássio Cunha Lima já foi superintendente da Sudene durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Pedro lembrou ainda que não é a primeira vez que faz uma indicação e apontando o professor de direito ambiental, Thiago Maranhão Pereira Diniz para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Paraíba. “Em momento seguinte, ele foi exonerado, o que mostra a minha independência, independente do cargo”, disse.
“Sei que existe uma fiscalização crítica muito grande e a cultura no Brasil de preenchimento de cargos em troca de apoio político, mas na conversa com o próprio general ficou muito clara nossa independência”, disse alegando que segue dando o melhor, trabalhando para contribuir com o nosso estado”, concluiu.
Marília Domingues/Felipe Nunes
BORGES NETO LUCENA INFORMA