Durante quarentena aumenta em 1.160% descumprimento de medidas protetivas na PB

Um aumento de 1.160% no descumprimento de medidas protetivas na Paraíba. De acordo com números de atendimento da Patrulha Maria da Penha realizados nos últimos 15 dias, a média de descumprimentos de medidas protetivas passou de cinco por semana, para uma média de 8 a 10 por dia.
O levantamento foi feito pelo site Paraíba Feminina que vê com preocupação esse número, uma vez que uma das justificativas para o aumento é o fato de agressores acreditarem que as mulheres estão desprotegidas.
Desde o início da pandemia, as redes de proteção à mulheres têm feito campanhas de conscientização e reforçado a atuação das redes de apoio, que, mesmo com número reduzido de pessoal e adequando o trabalho às normas de saúde, continuam com os serviços de proteção.
Outro dado preocupante diz respeito ao perfil dos homens que descumprem a medida. Segundo Mônica Brandão, coordenadora do Programa Patrulha Maria da Penha, quem descumpria a medida eram os ex parceiros que tinham acabado de ser notificados.”Geralmente acontecia nos primeiros dias, quando o homem era notificado e demorava um pouco a entender o processo. Agora o perfil mudou. Mulheres que já estão no serviço de proteção há mais de 3 meses, e sem histórico de descumprimento, começaram a ser novamente assediadas”.
Monica ainda lembra que qualquer tipo de intenção de contato já é considerado como descumprimento da medida protetiva.”Pode ser por mensagens de whatsapp, passar na rua, ficar parado em frente à casa, tudo isso é descumprimento. Num dos casos, um homem deixou um kit de proteção contra o coronavírus na porta da casa da ex companheira”, afirmou.
Atualmente, 222 mulheres estão sendo monitoradas pela Patrulha Maria da Penha na Paraíba.Os números 197 e 190 estão ativos, as casas abrigo estão em funcionamento, as delegacias estão funcionando em regime de plantão, a Patrulha Maria da Penha e a Ronda Maria da Penha (da PMJP) estão atendendo. Há também o serviço de escuta qualificada para mulheres que estão vivendo em situação de violência e que não tem coragem de denunciar.

Paraíba Feminina


BORGES NETO LUCENA INFORMA