Análise: caso Cícero Lucena dispute a prefeitura de João Pessoa ele deve estar atento a uma eleição regrada pela Covid-19

Todos conhecem a história bíblica que narra a luta do pequeno David e o gigante Golias. E em uma analogia perfeitamente cabível para os dias atuais, somados ao processo eleitoral em João Pessoa e uma possível postulação do ex-senador Cícero Lucena (PP) para prefeito da Capital, ele deve lembrar-se dos fatores atípicos que envolvem as eleições deste ano.
Primeiro, o processo eleitoral de 2020 não terá o tradicional corpo a corpo. Podemos tomar como exemplo maior as tradicionais festas juninas, cujos pretensos candidatos buscavam estar em três ou quatro lugares diferentes, contrariando a própria física para ficar próximo aos eleitores.
Como todos sabem, as festividades em homenagem a São João e outros santos foram suspensas e até mesmo as habituais fogueiras tiveram suas chamas proibidas. As medidas foram tomadas para minimizar os efeitos da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus e afetam, por tabela, “a forma tradicional de fazer política.
Então, beijos, sorrisos, abraços e apertos de mão estão banidos. Será uma eleição praticamente digital. E o candidato e seus assessores buscarão meios para utilizar a melhor forma dos recursos oferecidos pelas plataformas online.
Outros dois fatores que devem ser observados por Lucena e sua equipe. A própria pandemia retirou o clima, digamos, festivo e pessoal das eleições. E mais um dado: indo para a disputa, o progressista deve lembrar que, assim como Golias e o ex-senador tucano Cássio Cunha Lima, que despontava como favorito a uma cadeira no Senado em 2018, acabou sendo praticamente humilhado, restando para ele a singela quarta colocação.
E por último não desprezar, jamais, os adversários. E isso Cícero Lucena sabe ante a sua experiência na seara política. Mas é sempre bom lembrar que David está à espreita com sua funda na mão. E um arremesso certeiro pode derrubar um gigante ou gigantes, afinal a densidade eleitoral dos futuros candidatos será medida constantemente por “bytes” e não por afagos e carinhos.

Eliabe Castor
PB Agora
BORGES NETO LUCENA INFORMA