Após ‘ordem’ de Bolsonaro, grupo invade hospital e chuta portas em ala com pacientes com covid-19 no Rio

Incentivados pela declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro, um grupo provocou tumulto no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (12). A unidade hospitalar é referência no tratamento da covid-19 na cidade.
De acordo com a prefeitura, cinco pessoas de uma mesma família invadiram o local após a morte de uma mulher de 56 anos, vítima da doença, no local.
O grupo quebrou placas de sinalização e causou danos ao hospital.
No dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 40 mil mortes e 800 mil infectados por coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu aos seus seguidores que entrem em hospitais de campanha e hospitais públicos e filmem o interior para averiguar se os leitos estão livres ou ocupados. A declaração foi feita em transmissão ao vivo em sua página no Facebook, na quinta-feira (11). Bolsonaro ainda acusou “ganho político” em aumento do número de óbitos.
No Rio de Janeiro, a prefeitura informou que guardas municipais, vigilantes e outros funcionários do hospital, ajudaram a conter a situação.
Ao jornal O Globo, o médico da unidade e presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sindmed), Alex Telles, afirmou que o grupo questionava o fato da parente deles ter morrido com suspeita de contágio pelo novo coronavírus.
“No final da manhã, um grupo de familiares ingressou no hospital, e eles não poderiam subir até o quinto andar, já que os familiares estão sendo atendidos no térreo. É uma área só com pacientes com Covid-19, com risco biológico 3. Eles entraram de maneira muito agressiva, porque uma familiar foi a óbito e eles não aceitavam a situação, diziam que a mãe estava bem ontem (quinta-feira) e perguntavam como ela morreu hoje. Infelizmente, é uma doença que tem um curso muito rápido”, disse.

CLICKPB


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