Hospital usa robô para tratamento de pacientes com Covid-19, em João Pessoa

Um hospital privado de João Pessoa está utilizando um robô para auxiliar no tratamento de pacientes infectados com o novo coronavírus. A tecnologia é usada na plataforma robótica e possibilita mais interação entre a equipe multiprofissional e o paciente durante o seu tratamento no Hospital Alberto Urquiza Wanderley. O robô permitirá ainda uma melhor troca de informações, em tempo real, entre a equipe da unidade de saúde e especialistas em todo o mundo. Além disso, poderá ser usado em outras áreas do hospital como a recepção.
O coordenador do Núcleo Estratégico de Enfrentamento à Covid-19 da Unimed-JP, Petrúcio Sarmento, explicou que o uso do equipamento acontecerá em etapas, estruturadas através de fluxos que dão segurança no atendimento, tanto para o paciente quanto para a equipe.
“Esse robô é diferente do que outros hospitais já utilizam, pois não é só um suporte para tablet. Ele tem um corpo que procura se assemelhar ao comportamento humano e sua tela é móvel e interativa. A partir do momento que interage com o paciente, ele procura ter os mesmos gestos de uma pessoa, com a tela se movimentando como se fosse a cabeça”, explicou Petrúcio Sarmento.
A máquina traz benefícios para os profissionais de saúde e para os pacientes. Na primeira etapa, o robô vai possibilitar que haja reuniões multidisciplinares, com todos os profissionais envolvidos no tratamento. Os profissionais das diversas áreas vão poder discutir em tempo real e de forma mais rápida os cuidados a serem tomados com os pacientes.
Outra vantagem será a forma de interação da equipe com o paciente. Por meio do robô, a pessoa internada poderá ver o rosto do profissional que está cuidando dela. Atualmente, para realizar o atendimento presencial, os profissionais têm que usar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI's), o que permite apenas que os olhos sejam visto e isso impacta na questão emocional e psicológica do paciente.
Além de ser muito útil para a segurança dos profissionais de saúde, evitando o risco de contágio, o robô também vai ajudar na redução do uso de EPI's e também na otimização do tempo, fazendo com que mais pacientes sejam atendidos. Em próximas etapas, cujo fluxo está sendo definido, haverá a interação da família com o paciente através do robô e comunicação institucional.
A telemedicina também será facilitada, pois o robô poderá ir até o leito, vê todos os parâmetros ventilatórios e as medicações que estão sendo utilizadas. “A troca de informações com colegas especialistas em outros hospitais do Brasil ou de outros países vai ser facilitada quando precisarmos discutir um caso quando a evolução do paciente esteja muito acima do habitual. Essa interação será para dar ao nosso paciente o que há de melhor no mundo”, destacou o médico.
G1 


BORGES NETO LUCENA INFORMA