Especialista explica como ouvir e lidar com as emoções das crianças durante a quarentena

Mudança da rotina, isolamento social, saudade dos colegas e dos professores, a preocupação dos pais e a falta de respostas sobre o futuro são alguns fatores que mexem com as emoções das crianças em período de quarentena. De uma hora para outra, elas começaram a ouvir adultos falarem sobre perda de emprego e a ver diariamente na TV notícias sobre a situação de pacientes com o novo coronavírus (COVID-19). E tudo isso sem poder sair de casa para brincar e se distrair. Sobre esse tema, a fonoaudióloga Cecília Cavalcanti fala da importância de os pais se desligarem do mundo adulto para se conectar com a diversão e como isso é fundamental para a aquisição da fala que vem através de um tripé: contato visual, a compreensão e a imitação.
“Acredito que as experiências que as crianças estão perdendo irão deixar marcas. O que devemos fazer? Digo aos pais: brinquem! Se sujem, façam bagunça funcional, cozinhem, imaginem, plantem caroços de feijão, façam da sala um acampamento, do lanche um piquenique, cabanas com lençóis, pintem, cortem, cantem, contem histórias… O desenvolvimento infantil precisa de atenção dentro do que podemos oferecer”, disse a fonoaudióloga.
Ao comentar sobre a importância da evolução da fala que vem através do fala que vem através de um tripé: contato visual, a compreensão e a imitação, ela disse: “A imitação é muito importante nesta habilidade. Só que, devido ao isolamento, as crianças não estão tendo acesso aos seus pares e à forma mais simples de aprender uns com os outros”. Ela diz que a procura pela intervenção fonoaudiológica aumentou nos últimos meses porque alguns pais detectaram atrasos e trocas na fala que antes não tinham tempo de observar – ou esperavam o filho desenvolver na escola.
PB AGORA



BORGES NETO LUCENA INFORMA