O presidente da França, Emmanuel Macron, foi o primeiro chefe de Estado a visitar o Líbano, depois da grande explosão na terça-feira (4) que destruiu a capital, Beirute. Nesta quinta, o número de vítimas subiu para ao menos 145 mortos e 5.000 feridos.
Ao chegar à cidade, o líder francês se posicionou como um articulador para organizar a cooperação internacional enviada ao país, mas defendeu a necessidade de reformas políticas e econômicas no Líbano e pediu que o país reforce o combate à corrupção.
“A prioridade hoje é ajuda, apoio incondicional à população. Mas há reformas indispensáveis em certos setores que a França exige há meses, anos”, disse Macron. “Não podemos fazê-las sem apontar algumas verdades inconvenientes. Se essas reformas não forem feitas, o Líbano continuará a afundar.”
O governo da França, antiga potência colonial que administrou o Líbano no início do século 20, começou a enviar assistência médica e profissional a Beirute no dia seguinte à explosão.
“Quero organizar a cooperação europeia e, mais amplamente, a cooperação internacional”, disse Macron.Além da França, países como Alemanha, Rússia, Austrália, Qatar e Irã -rival histórico do Líbano- enviaram profissionais de saúde, hospitais de campanha e toneladas de suprimentos, além de equipes especializadas em busca e salvamento.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quarta-feira (5), que seu governo fará “um gesto concreto” para ajudar os libaneses.
“O Brasil vai fazer mais que um gesto, algo concreto para atender em parte aquelas pessoas que estão numa situação complicada”, disse o presidente em seu discurso, no qual também manifestou solidariedade à população libanesa.
Enquanto caminhava por Beirute, Macron foi acompanhado por grupos de libaneses que entoavam palavras de ordem pedindo “revolução” e a “queda do regime”.
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BORGES NETO LUCENA INFORMA