Bolsa tem terceira semana seguida de alta pela 1ª vez desde julho


 A Bolsa de Valores brasileira voltou a engatar uma sequência de três semanas de alta, feito que não alcançava desde julho, com uma valorização de 7,7% no período.

Na semana encerrada nesta sexta-feira (23), o Ibovespa acumulou alta de 3%, se aproximando dos 102 mil pontos. Na sessão de sexta, porém, o índice fechou em queda de 0,64%, a 101.295 pontos, com a realização de lucros.

"É de se esperar que o investidor aproveite que (o Ibovespa) passou a barreira psicológica dos 100 mil pontos e fique mais na defensiva", afirmou Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, acrescentando que os indicadores econômicos no Brasil também não foram tão bons nesta sessão.

A prévia da inflação medida pelo IPCA-15 acelerou acima do esperado em outubro, enquanto a confiança do consumidor caiu pela primeira vez em seis meses.

Já o dólar terminou a semana com leve queda de 0,25%, a R$ 5,63. Nesta sexta, porém, a cotação se valorizou 0,64%. O turismo está a R$ 5,773.

A valorização da Bolsa nas últimas semanas reflete a expectativa positiva de investidores com os resultados do terceiro trimestre deste ano, que começaram a ser divulgados nos últimos dias, e afirmação de membros do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) de que o teto de gastos será respeitado.

Um dos catalisadores da alta foi o setor financeiro, com análises favoráveis a ações de bancos, cujo preço está defasado em relação ao Ibovespa. Além disso, a previsão é de alta nos lucros do terceiro trimestre, com queda nas provisões contra calote.

"[A temporada de balanços] deve confirmar que o pico de provisões ocorreu no primeiro semestre, com a qualidade geral dos ativos se apresentando em melhor forma do que o esperado e apontando para uma queda contínua das despesas de provisão ao longo de 2021", afirmou o Credit Suisse em relatório a clientes.

O Santander Brasil abre a temporada no setor na terça (27), seguido por Bradesco na quarta (28). Itaú Unibanco apresenta balanço em 3 de novembro e Banco do Brasil em 5 de novembro. Os números do BTG Pactual são esperados para 10 de novembro.

Além dos bancos, gigantes como Petrobras e Vale, que sentem também os efeitos do ritmo da atividade do mundo, apresentarão seus balanços na semana que vem, junto a Klabin, Cielo, Gerdau, GPA, Ambev, Telefônica Brasil, Lojas Americanas e B2W, Suzano e Usiminas.

Entre as principais altas do Ibovespa nesta sexta, estão Braskem, que tem se valorizado apó recomendação favorável do Santander, e Embraer, que subiram 4,3%, a R$ 25,44, e 4%, R$ 7,09, respectivamente.

Nesta sexta, a Força Aérea Brasileira fez o voo de estreia do primeiro dos 36 caças da Saab AB comprados em um negócio de US$ 4 bilhões (R$ 22,48 bilhões) que inclui a montagem de aviões no Brasil, pela Embraer.

O presidente Jair Bolsonaro disse que a chegada do Gripen e a entrada em serviço neste ano do jato de transporte militar KC-390 da Embraer foram marcos históricos que estabeleceram a superioridade aérea do Brasil necessária para defender a nação.

Fora do Ibovespa, as ações da Arezzo dispararam 16%, a R$ 61, chegando a subir 16,55% durante o pregão, depois que a empresa anunciou uma combinação de negócios com a marca carioca Reserva. O objetivo da Arezzo é passar a comercializar itens de moda feminina, masculina e infantil, incluindo roupas e acessórios.

No exterior, o índice S&P 500 subiu 0,34% e Nasdaq, 0,37%. Dow Jones teve leve queda de -0,1%. Investidores esperam a aprovação de um novo pacote fiscal.

Enquanto o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou nesta sexta que as negociações sobre um novo pacote de alívio à Covid-19 não estão progredindo rapidamente e será difícil chegar a um acordo com os democratas antes das eleições de 3 de novembro, o chefe de Gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disse que espera o acordo em cerca de um dia.

Dentre as ações americanas, o destaque foi a Intel, que desabou 10,6% após divulgação de balanço, com relatou queda nas margens do terceiro trimestre, conforme consumidores compraram laptops mais baratos, enquanto empresas e governos atingidos pela pandemia restringiram gastos com data centers.

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