UFPB trabalha no desenvolvimento de purificador de ar anticovid-19

 

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) estão trabalhando no desenvolvimento de um purificador de ar anticovid-19. A ideia é a de que o sistema de filtragem seja capaz de eliminar a transmissão do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em ambientes hospitalares, a fim de otimizar as medidas de proteção para pacientes e profissionais da saúde.

Para isso, no projeto de pesquisa, será desenvolvido materiais filtrantes compatíveis com o tamanho do novo coronavírus e protótipo de purificador de ar com uma ponta ativa, que é um equipamento que possui uma bomba de vácuo para aspiração de bioaerossóis, que consistem em componentes vivos e não-vivos, como fungos, pólen, bactérias e vírus.

Os filtros desenvolvidos serão acoplados aos protótipos produzidos, para uso individual ou coletivo. “Nosso objetivo é produzir materiais filtrantes mais eficientes para o tamanho do vírus, quando comparados aos produtos comerciais disponibilizados, para o enfrentamento da pandemia da Covid-19, infecção provocada pelo novo coronavírus, visando sua mitigação”, afirma a professora Kelly Gomes, do Departamento de Engenharia de Energias Renováveis, coordenadora do projeto da UFPB.

De acordo com a pesquisadora, esses materiais filtrantes são revestimentos produzidos com nanomateriais que apresentam comportamento virucida, ou seja, que têm a capacidade de reter o Sars-CoV-2 e matá-lo e que são depositados em substratos específicos, produzindo filtros que podem ser incorporados a purificadores de ar. O vírus da Covid-19 (Sars-CoV-2) apresenta tamanho variando entre 100 e 200 nm (nanômetros).

Trabalham no desenvolvimento do purificador de ar anticovid-19 uma equipe multidisciplinar da UFPB, composta por professores do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR), do Centro de Tecnologia (CT) e do Centro de Ciências da Saúde (CCS), no campus I, em João Pessoa. “O projeto ainda está na fase inicial. Completamos três meses de trabalho, mas já conseguimos alguns avanços”, conta Kelly Gomes.

Os protótipos estão sendo desenvolvidos no Laboratório de Síntese e Caracterização de Filmes Finos (LabFilm), do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR), coordenado pela professora Kelly Gomes, e no Laboratório de Fabricação Digital (Fablab), dirigido pelo docente Euler Macedo, também no campus-sede da UFPB, em João Pessoa.

Os protótipos serão testados no Laboratório de Farmacologia Experimental e Cultivo Celular (LAFECC), no Centro de Ciências da Saúde (CCS), e no Hospital Lauro Wanderley (HU), ambos localizados no campus I da UFPB, em João Pessoa.

Os protótipos devem ser finalizados e entregues em março de 2021. O projeto foi contemplado pelo Edital 003/2020 – FAPESQ/SEECT – Projeto de Monitoramento, Análise e Recomendações para Rápida Implementação Diante da Pandemia de COVID-19, recebendo financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ) e do Governo da Paraíba, no montante de R$ 146.362,80.

PB AGORA



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