Sindicância conclui que enfermeira desviou vacinas contra Covid-19 e profissional é demitida por justa causa, em Santa Isabel

 

A enfermeira de um posto de saúde de Santa Isabelafastada nesta semana por suspeita de desviar vacinas contra a Covid-19, foi demitida por justa causa. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (26) pela Sociedade Beneficente Caminho de Damasco, responsável pela unidade.

Após uma sindicância, a empresa apurou que houve aplicação do imunizante em quatro pessoas que não fazem parte dos grupos prioritários. Segundo a Caminho de Damasco, “o caso será direcionado às autoridades públicas competentes para as demais medidas cabíveis”, informou em nota.

Posto de Saúde onde houve suspeita de desvio de vacinas — Foto: Prefeitura de Santa Isabel/Divulgação

Posto de Saúde onde houve suspeita de desvio de vacinas — Foto: Prefeitura de Santa Isabel/Divulgação

O episódio foi no Posto de Saúde Dr. Francisco Pedreira Ribeiro (UBS II – Avenida Brasil). Na quarta-feira (24), a Prefeitura de Santa Isabel confirmou o recebimento da denúncia e afastou a profissional. O Ministério Público também instaurou um inquérito civil para apurar o caso.

Segundo a Sociedade Beneficente, não houve venda da vacina e apenas uma pessoa participou do desvio. A entidade disse que tratou como um fato isolado e que tomou todas as medidas necessárias, respeitando as disposições legais, além de aprimorar os procedimentos de controle.

Disse também que “toda a documentação está sendo encaminhada às autoridades competentes, entre elas o MP, que é o órgão indicado para que sejam tomadas as medidas cabíveis no âmbito judicial, inclusive com a abertura de inquérito policial”, completou.

Na segunda-feira (22), a cidade havia interrompido a campanha de vacinação contra o coronavírus por falta de doses. O G1 solicitou una posição à Prefeitura sobre o caso.

O caso

Organização social fala sobre o possível desvio de vacina em Santa Isabel

Em um documento encaminhado à Secretaria de Saúde, o secretário geral de gabinete, Leonardo Shihara Freire Pereira, citava a suspeita de que, pelo menos, quatro pessoas, tivessem “quebrado o cronograma de prioridades do Governo do Estado de São Paulo”. Os nomes dos vacinados não foram divulgados.

O documento pedia que fossem apuradas as circunstâncias em que eles foram imunizados. A Prefeitura, então, instaurou um procedimento de apuração e notificou a Caminho de Damasco, que abriu uma sindicância administrativa para analisar a suspeita.

O Ministério Público disse que instaurou um inquérito civil a fim de apurar a suspeita de venda de vacina contra a Covid-19 a três pessoas que não moram na cidade. Ainda segundo o MP, foram representadas as três pessoas que teriam adquirido as vacinas.

O órgão também requisitou explicações da Prefeitura de Santa Isabel, da Sociedade Beneficente Caminho de Damasco, entidade do terceiro setor que administra as UBS, bem como a instauração de inquérito policial para apuração dos fatos, com tipificação primária de crime de peculato.

Além disso, a Promotoria de Justiça identificou as três pessoas e, também, pediu esclarecimentos, viabilizando, inclusive, eventual confissão sobre os fatos.


G1


BORGES NETO LUCENA INFORMA

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