Especialista comenta número de desempregados no país: “A gente não tinha níveis tão altos há quase 10 anos”

 

Apesar dos sinais de recuperação da atividade econômica no primeiro trimestre, a taxa de desemprego no período subiu para 14,7%, ante 13,9% no fechamento de 2020, levando o total de desempregados no País a 14,805 milhões. Para explicar esse número crescente de desempregados no país, o professor de Economia da Universidade Federal da Paraíba, Paulo Monte, diz que esse é um fenômeno multicausal: “A gente não tinha níveis tão altos há quase 10 anos”.

Tanto o índice quanto o contingente de desocupados são os maiores de todos os trimestres da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. Só no intervalo entre dezembro e março, 880 mil pessoas a mais passaram a buscar uma vaga no mercado de trabalho.

“Uma delas é o fator sazonal, é comum que no primeiro trimestre de cada ano observar o aumento da taxa de desemprego, principalmente em regiões menos desenvolvidas. Mas, obviamente a gente está vivendo um período de pandemia, em que muitos setores da atividade econômica foram altamente prejudicados, impactando nesse aumento. A gente não tinha níveis tão altos há quase 10 anos”, ressalta Paulo Monte.

Sem auxílio – O economista acrescenta que outro fator relevante a se considerar é que nesse período os trabalhadores não tiveram o auxílio emergencial, aumentado assim a taxa de informalidade, que está em 39,6%, o mesmo que 5,862 milhões. Ele relembra que muita gente estava trabalhando durante o período natalino, porém, no início desse ano, essas pessoas foram demitidas e sem recebimento de recursos acabaram voltando a buscar empregos.

PB AGORA


BORGES NETO LUCENA INFORMA

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