‘Não associo uma ação como essa com questões políticas’, diz João sobre judicialização de decretos

 

“Eu espero realmente que qualquer tomada de decisão não traga prejuízo, principalmente para população”. A declaração é do governador João Azevêdo (Cidadania), durante entrevista ao Sistema Arapuan de Comunicação nesta segunda-feira (7), ao comentar a decisão liminar da Justiça da Paraíba que deu parecer favorável à Prefeitura de João Pessoa (PMJP) quanto ao pedido de reabertura das academias e escolinhas de esportes.

O chefe do Executivo paraibano afastou qualquer especulação sobre disputa ou racha político com o prefeito Cícero Lucena ao lembrar que as decisões tomadas pelo Governo do Estado são baseadas em números. “Isso é uma discussão sobre considerações técnicas a respeito de um momento da pandemia aqui, eu não associo e nem poderia de forma alguma associar uma ação dessa com questão política, ou relações políticas. Não cabe isso“, afirmou João Azevêdo.

Ele chamou atenção ainda para os números preocupantes que João Pessoa vive quanto a disponibilidade de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e a alta taxa de contaminação. “Nós estamos com mais de 80% dos leitos ocupados, filas de UTI de leitos para serem ocupados e é isso que me preocupa. A mim como governador cabe e compete tomar as medidas necessárias. Se a Justiça entendeu que determinado segmento deve abrir, deve ter tido os seus motivos, argumentos e decisões técnicas, com certeza não são as minhas”, apontou.

“O que me preocupa hoje é que João Pessoa, mesmo na nossa região tendo uma ocupação de 80% dos leitos e muita gente quando fala e pensa que esses 20% é um número gigantesco de margem de segurança e não é, pelo número de leitos. Além disso, tem uma taxa de transmissão de 1.32. Em João Pessoa, hoje, a cada 100 pessoas contaminadas, estão contaminando 132 outras e é isso que me preocupa. Não basta levar em consideração apenas a ocupação de leitos, são vários os elementos para gente tomar uma decisão”, concluiu o governador.


Edney Oliveira/Washington Luiz


BORGES NETO LUCENA INFORMA

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