Na última sexta-feira (05), o advogado Israel Carvalho foi impedido por um Policial Militar de fazer o registro de possíveis excessos cometidos durante uma abordagem contra um vendedor ambulante, que segundo informações preliminares, havia sido denunciado por comercializar seus produtos em frente às lojas do Centro de Campina Grande, o que incomodou alguns proprietários.
“AQUI VOCÊ NÃO É ADVOGADO”
Durante a abordagem, é possível perceber que o agente de segurança, ao perceber a filmagem, questiona se o jovem seria advogado, o que foi confirmado e devidamente identificado pela apresentação da carteira da OAB. Nas imagens, enquanto impede que as imagens continuem sendo feitas, o policial afirma que ali o jovem não seria advogado e recomenda que ele vá defender o vendedor na delegacia.
INÉRCIA DA OAB/PB
A advogada Maria Cristina Santiago (Kiu), que recentemente disputou à presidência da OAB/PB, se solidarizou ao advogado atacado, destacou o importante papel da advocacia no controle social e disse que a ação reflete a falta de suporte por parte da OAB Paraíba. “O excesso cometido é lamentável e merece todo nosso repúdio. Vimos que o presidente da subseção da OAB em Campina Grande agiu imediatamente e terá audiência com o comandante da PMPB/CG, enquanto isso seguimos no aguardo do enfrentamento do assunto pela OAB/PB”.
Segundo a advogada, “é triste saber que mais um caso de abuso cometido contra à advocacia paraibana, no que depender da OAB/PB, poderá terminar em mais uma nota de repúdio atrasada” e parabenizou Alberto Jorge, presidente da subseção da OAB em Campina Grande, que segundo Kiu “agiu com altivez e tomou atitudes imediatas, como devem ser as atitudes da nossa OAB diante de um evidente abuso em face de um colega”.
REPERCUSSÃO NAS REDES SOCIAIS
Nas redes sociais, Israel Carvalho gravou um vídeo se pronunciando, em tom de revolta, sobre os detalhes da abordagem, onde reconheceu e agradeceu a iniciativa do presidente Alberto Jorge da OAB/CG, mas cobrou atitudes da OAB, da Secretaria de Segurança e do Governo do Estado, que até o momento não se pronunciaram. Em comentários, advogados e advogadas definiram o ocorrido como absurdo, cobraram punição e ressaltam que o desrespeito a um colega ofende toda à classe.
Até a publicação desta matéria, a OAB Paraíba não se pronunciou sobre o caso.
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