Pelo menos seis mães vítimas de falsa psicóloga em Campina Grande já formalizaram denúncias; delegado investiga conivência de instituições

 


Uma mulher foi presa nesta terça-feira (13), em Campina Grande, por enganar diversas mães que levavam suas crianças para tratamento. A falsa psicóloga tinha documentos e uma série de certificados e diplomas falsos. Alegando em suas redes sociais e no currículo, o título de doutora em psicologia experimental e análise comportamental pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a falsa psicóloga foi presa e encaminhada para a Delegacia de Defraudações e Falsificações do município.

Em entrevista ao ClickPB, nesta terça-feira (13), o delegado da delegacia de Defraudações e Falsificações de Campina Grande, Gilson Teles, disse que diversas mães denunciaram a conduta da falsa profissional e que a mesma foi presa em flagrante. "Além de estar presa em flagrante pelo uso de documento falso porque foram encontrados documentos falsos no apartamento, foi dado cumprimento ao mandado de prisão preventiva. Ela não será liberada", explicou.

Segundo ele, um grupo de mães fizeram as denúncias e mais de três já prestaram depoimento sobre o caso. "Temos em torno de 6 mães, e já ouvimos 3. A falsa psicóloga é natural de Campina Grande", disse. 

"As investigações continuarão para se chegar ao grupo criminoso que expediu os diplomas falsos, além de saber se ela encontrou alguma facilidade, conivência nas instituições e órgãos em que apresentou os documentos", ressaltou o delegado ao ClickPB. 

A criminosa foi identificada como Kaligina Araújo Machado e atuava cuidando de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no município. Ela também teria um diploma falso de graduação em psicologia pela Universidade Paulista (Unip). A suspeita também se apresentava como mestranda de uma universidade do estado da Flórida, nos Estados Unidos.

A Polícia Civil iniciou investigações, através da Delegacia de Defraudações e Falsificações da cidade, após as mães das crianças realizarem denúncia há quatro meses por desconfiar da conduta da profissional.

A mulher dava aulas em escolas e oferecia cursos de formação para professores da rede pública de ensino. Ela também teria conseguido autorização para atender pacientes pela Unimed de Campina.

A falsa psicologia enganou o próprio sistema do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Pesquisa: 

CLICKP-B

FALA PARAÍBA-BORGES NETO

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