O serviço foi adotado em ambientes universitários, entre eles o Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa. (Foto: Reprodução/Governo Federal)
Segundo Guido, nesse período houve a inserção também de um grupo de odontologia chefiado por Ana Estela Haddad, que é professora na instituição, além de outros pesquisadores da USP, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). "Vários grupos de universidade no país começaram a usar o sistema e dar sugestões de coisas que podiamos melhorar. A gente foi evoluindo e a RNP resolveu oferercer esse como o primeiro serviço que eles disponibilizam para ser usado na área de saúde", detalhou, enfatizando a importância do projeto.
Foi a partir daí que, de acordo com Lemos, o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) também passou a fazer testes do serviço de vídeo. "O professor doutor Eduardo Fonseca, quando tava na coordenação da parte de ensino e pesquisa do HULW, a gente também testou, várias sugestões, o pessoal da neufrologia do HULW sugeru melhorias, e a gente foi aperfeiçoando", disse à reportagem.
Conforme apurou o ClickPB, o serviço no HU começou a funcionar em 11 de março de 2021 e foi definido pelo órgão de saúde como "um sistema para saúde que associa vídeo digital e (mesmo sistema de segurança adotada em criptomoedas". Na época, a instituição explicou que o serviço de telemedicina do HU estava utilizando uma tecnologia desenvolvida pelo Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (Lavid/UFPB).
Atualmente, o sistema desenvolvido pelo LAVID/UFPB sob coordenação do professor Guido Lemos começa a ser ofertado nos hospitais da rede EBSERH em Santa Catarina. "Se tudo correndo bem, ele vai ser disponibilizado se os hospitais quiserem usar, no país inteiro vão poder utilizar", explicou o professor.
Expectativa
À reportagem, o secretário municipal revelou que caso ocorrar um interesse por parte do Ministério da Saúde do governo Lula III, o uso do projeto pode ser ampliado, porém ele acredita que o ideal é definir um projeto piloto, em algumas cidades/estados para testar a ação sob este novo panorama.
Quem é Guido Lemos
Natural de João Pessoa, Guido é Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Federal da Paraíba (1988), mestre (1991) e doutor (1997) em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Atuou como professor Titular na Universidade Federal da Paraíba, diretor do Centro de Informática (CI) e pesquisador do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (LAVID). Desde dezembro de 2021 está como secretário de João Pessoa.
Entre os projetos que o paraibano atuou, tem destaque o "Ginga", uma interface ou middleware brasileira recomendada para aplicação nos sistemas IPTV e Sistema Nipo-Brasileiro de TV Digital Terrestre, ou seja, o atual sistema de interatividade presente nas TVs digitais do Brasil. Em 2010, durante o recebimento de um prêmio após a atuação no projeto, Lemos reforçou que a inserção do middleware na casa das pessoas, pode quebrar uma barreira tecnológica que até então impedia os desenvolvedores de conteúdo terem acesso a essas plataformas.
CLICKPB
BORGES NETO
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