O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, compareceu ao Senado Federal nesta terça-feira (25) para prestar esclarecimentos à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Entre os assuntos discutidos na sessão com os parlamentares, a alta taxa de juros aplicada pelo banco.
A discussão em relação aos juros e Selic, que desde de setembro de 2022 tem se mantido próximo aos 13%, ganhou repercussão após críticas do presidente Lula (PT) e apoiadores do governo. Diante disso, o gestor da principal instituição financeira do país, teve de justificar a política econômica diante dos senadores.
Um acontecimento inusitado e que provavelmente não era esperado por Campos Neto, no entanto, chamou a atenção dos parlamentares e das redes sociais. Isso porque, o senador do Ceará, Cid Gomes (PDT), levou uma lousa e ensaiou uma aula ao presidente do BC de como poderia ser feita a redução dos juros.
Em seu discurso, o senador criticou o gestor e explicou como os altos juros podem impactar na qualidade de vida das pessoas mais pobres.
“Quem passou a ser beneficiário no ano passado de 510 bilhões de reais? Esse dinheiro vai cair na conta de quem? vai cair na conta do rentista. Cresceu 5 milhões na apresentação do ministro. Vamos lembrar que o Brasil tem 220 milhões de brasileiros”, explicou.
Em resposta a Cid Gomes, Campos Neto ressaltou a independência do Banco Central, negou qualquer posicionamento político na taxa de juros e lembrou que, mesmo no governo Bolsonaro, no qual ele foi nomeado, houve a aplicação de altas taxas, inclusive em período eleitoral.
“O Banco Central, mesmo no período eleitoral, entendeu que a inflação ia subir, entendeu antes de grande parte dos outros países, mas fez uma subida muito grande no ano eleitoral”, disse o gestor.
MaisPB
BORGES NETO LUCENA INFORMA
0 Comentários