Debate do PL das Fake News tem discussão polarizada entre vereadores de JP

 

O projeto de lei de número 2630 gerou discussão na Câmara Municipal de João Pessoa, na manhã desta terça-feira (2). De um lado, apoiadores do governo Lula se mostraram favoráveis ao PL, enquanto que opositores se posicionaram contra.

A discussão foi proposta pelo vereador Marcos Henriques (PT), que iniciou exibindo um vídeo de um pastor evangélico se posicionando a favor do  PL das Fake News. Em seguida, ele leu os pontos do projeto e ressaltou a importância das plataformas sejam controladas.

“Essa responsabilização das plataformas de fazem necessárias. Você não pode usar as redes sociais e fazer o que quer, divulgar qualquer tipo de conteúdo. Vai ter muita gente desempregada, porque vive de mentiras”, disse o parlamentar.

Em reação ao discurso do petista, Eliza Virginia (PP), questionou o controle da liberdade do internauta e classificou a lei como tentativa de silenciar opositores.

“O ministério da verdade está sendo criado no Brasil e quem vai controlar é o governo, e o que o governo vai deixar ser dito nas redes sociais? Somente o que lhes agradam”, disse a progressista.

Em consonância com a oposicionista, o vereador Carlão do Bem (Patriota) foi além e disse que o PL das Fake News seria um atentado contra a liberdade religiosa. 

“Ele é um atentado à censura, agride a liberdade de expressão e a liberdade religiosa. Eu sou totalmente contra. (Tomem) Cuidado os deputados federais aqui de João Pessoa que tá todo mundo vendo”, afirmou.

Se somou à discussão ainda o vereador Júnior Leandro (PDT), que lembrou do gabinete do ódio, onde pessoas espalhadas pelo país estariam recebendo dinheiro para divulgar informações falsas na internet e reforçou o coro do petista Marcos Henrique por uma regulação na mídia.

“Vi grupos nas redes sociais que organizavam autoflagelo e mutilação em jovens, e também vi que era através dessas redes que se organizava ataques às escolas. Isso é muito preocupante. Vendo uma matéria de 2022 foi comprovada a existência do gabinete do ódio. Pessoas contratadas para no período eleitoral tentar conduzir a mente das pessoas. Isso afronta diretamente o direito de livre escolha e voto”, explicou.

MaisPB


BORGES NETO LUCENA  INFORMA

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