Pe Egídio e investigadas souberam da prisão um dia antes

 


O Grupo de Atuação Especial Contra O Crime Organizado não conseguiu cumprir, nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (17), os mandados de prisão contra o Padre Egídio Carvalho e outros investigados por desvios no Hospital Padre Zé, segundo apurou a reportagem do Portal MaisPB.

Egídio no entanto se entregou ao Gaeco por volta das 11h. O religioso teve a prisão preventiva decretada pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).

Rede Mais apurou que Egídio ficou sabendo ontem da prisão e por isso se resguardou em um hotel de Recife, capital de Pernambuco.

Já sobre Amanda Duarte e Jannyne Dantas, a mãe de Amanda informou aos investigadores, durante o cumprimento da prisão, que ontem à noite ela viajou com  Jannyne para um destino ainda não conhecido. Isso, para o Ministério Público, “causou certa estranheza”.

Essa é a mesma situação de Padre Egídio. Os investigadores foram até Recife e Jaboatão dos Guararapes, junto com a Polícia Civil, para dar cumprimento à determinação judicial.

Eles, no entanto, foram informados que Egídio também foi comunicado da prisão horas antes da operação e se hospedou em um dos hotéis da capital pernambucana.

Prisão decretada 

O desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), decretou as prisões do Padre Egídio Carvalho, Amanda Duarte e Janine Dantas, suspeitos de desviar recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.

+ Ao decretar prisão, Ricardo Vital diz que Padre Egídio desviou recursos para construir fortuna

Segundo o Gaeco, o religioso participou de um esquema de desvios de recursos públicos estimados em cerca de R$ 140 milhões.

+ Prisão de Padre Egídio foi necessária por riscos de novas fraudes, diz Ricardo Vital

As fraudes foram operacionalizadas através do Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé, e da Ação Social Arquidiocesana, e ocorreram entre 2013 e setembro deste ano, quando veio à tona o escândalo.

+ Egídio desviou verba usada na distribuição de refeição e tratamento de Aids

Os atos ilícitos investigados tiveram um impacto devastador em diversos programas sociais essenciais. Entre eles, a distribuição de refeições a moradores de rua, o amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação de alunos para o ENEM, cuidados de pacientes com HIV/AIDS, entre outros. Além disso, as operações ilícitas afetaram gravemente o Hospital Padre Zé, comprometendo o atendimento a populações carentes e necessitadas.

Crise no Hospital Padre Zé 

Padre Egídio de Carvalho foi alvo de uma operação em outubro após vir à tona o escândalo envolvendo o padre. A investigação que embasou a Operação Indignus mostra que o Padre Egídio Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, é o verdadeiro proprietário de imóveis de luxo. A suspeita é que Carvalho seja dono de 10 apartamentos, alguns considerados de elevadíssimo alto padrão.

As primeiras provas apontam possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades.

As condutas indicam prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.

Wallison Bezerra – MaisPB



BORGES NETO LUCENA INFORMA

Postar um comentário

0 Comentários