Sem livre acesso, academias cobram taxas que superam os R$ 200 a ‘personal trainers’ e fazem até venda casada em João Pessoa

 


Academias estão cobrando altos valores em taxas para ‘personal trainers’ darem aulas a seus alunos particulares. É o que aponta um personal trainer de João Pessoa que procurou o ClickPB, nesta semana, para relatar o caso. Os profissionais estão sendo barrados e só podem entrar se pagarem preços entre R$ 160 e mais de R$ 200, o que chega a ser o valor da mensalidade em alguns academias da Capital.

O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) derrubou, no dia 12 de junho de 2024, uma lei municipal de João Pessoa nº 13.200/2016 e a Lei Estadual nº 10.774/2016 que proibiam as academias de cobrarem taxas aos matriculados e aos ‘personal trainers’ no acompanhamento de seus alunos particulares. O TJPB entende que a matéria é de direito privado, sendo de interesse da União, a quem compete privativamente legislar sobre o tema.

Desde que as duas leis foram julgadas inconstitucionais, no mês passado, algumas academias já voltaram a cobrar taxas aos ‘personal trainers’ e algumas resolveram manter a isenção de cobranças a esses profissionais. A revogação das leis foi um pedido do sindicato das academias na Paraíba.

O ‘personal trainer’ que procurou o ClickPB trabalha em mais de uma rede de academias e faz uma denúncia grave de uma espécie de venda casada.

“A academia está barrando os profissionais na entrada e eles estão utilizando dessa lei para forçar os profissionais a serem clientes. Por exemplo, a taxa que estão cobrando nada mais é que a mensalidade, a mesma que é cobrada para o aluno, com a justificativa de que agora você vai poder treinar também na academia. Ou seja, é adesão de clientes forçada. A adesão, em outras redes, está sendo maior que a mensalidade cobrada dos alunos”, aponta o ‘personal trainer’ ao ClickPB.

Ainda segundo o profissional, “já foram barrados os profissionais, ficando impossibilitados de dar aula. E eles estão fazendo adesão anual no cartão de crédito. Você tem que fazer uma adesão no cartão de crédito, como se fosse um aluno, para poder trabalhar.”

CLICKPB



BORGES NETO LUCENA INFORMA

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